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Somos sobreviventes do PDV. Desemprego, vulnerabilidade e resistência entre ex-servidores públicos no Brasil
Marcela Marques Serrano.
XI Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2015.
Resumen
A primeira frase do título deste trabalho reproduz trecho do depoimento de um dos meus dez entrevistados, todos ex-funcionários públicos federais, que aderiram a um dos três Programas de Demissão Voluntária (PDVs) lançados na década de 1990 como parte das chamadas “Reformas Estruturais”(às quais chamarei contra-reforma neoliberal), implementadas durante os dois mandatos do Presidente FHC. Quase vinte anos após o primeiro PDV, mesmo diante de mudanças, como o aumento das taxas de emprego formal, a precariedade e vulnerabilidade ainda vincam as trajetórias desses sujeitos. Sete dos meus entrevistados afirmaram que depois da adesão nunca mais tiveram emprego formal, vivem de “bicos” (vendem produtos variados, fazem frete, trabalham como ajudantes de obras, fazem apontamentos do Jogo do Bicho, dentre outras atividades informais e às vezes ilegais) e garantem que esta situação predomina entre os pedevistas. Muitos, já com idade avançada e saúde comprometida, não têm sequer a perspectiva da volta ao mercado formal. Sendo assim, para alguns o engajamento na luta pela reintegração tem tido papel fundamental na manutenção de sua integridade física e mental. Finalmente, este é o outro lado que pretendo evidenciar, as estratégias de “sobrevivência”, mecanismos de resistência articulados a fim de encarar os problemas concretos enfrentados.
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