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Recuperando el dinamismo histórico contemporáneo de los pueblos de origen africano y asiático: estudio de casos y aproximaciones teóricas (s.XX-XXI)
Os folcloristas e as manifestações culturais do Atlântico Negro
Fernanda Pires Rubião.
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
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Resumen
O objetivo desse ensaio é analisar comparativamente os candombes mineiros, argentinos, uruguaios e jongos ao longo do século XX, através dos relatos de folcloristas e de intelectuais que abordaram essa temática. Refletir sobre práticas culturais diferentes, mas que apresentam semelhanças significativas, e em espaços distintos nos permite propor uma perspectiva de análise baseada em Paul Gilroy que afirma que no Atlântico Negro existe um complexo cultural e que ocorreram e ocorrem ao longo dos séculos diversas trocas culturais. Entretanto, deve-se considerar a singularidade, o tempo-espaço em que os festejos populares ocorreram e as transformações por que passaram. O candombe mineiro é um ritual interno do congado, que é uma prática cultural e devocional que ocorre em diversas regiões do Brasil, onde os descendentes de escravos coroam seus reis e rainhas negros, homenageiam seus santos de devoção e relembram o seu passado. O jongo é uma dança característica do Sudeste brasileiro praticado pelos afro-descendentes e seus antepassados escravizados, é também conhecido como caxambu ou tambu, conforme a região. Edmilson Pereira percebeu a semelhança o candombe mineiro, do Rio Grande do Sul, do Uruguai e da Argentina. A região do Rio da Prata recebeu, predominantemente, escravos de origem bantu, assim como o Sudeste brasileiro e, para o autor, é pertinente analisar essas conexões entre os candombes considerando a procedência dos africanos que ali chegaram. Desse modo, pode-se inferir que a existência de escravos de mesma origem africana pode ter produzido processos culturais semelhantes nesses locais. Alguns historiadores brasileiros evidenciaram que os folcloristas, no final do século XIX e início do XX, indicavam em seus registros o desaparecimento do jongo. Luciano Gallet, pro exemplo, valorizou os estudos de folclore associados à música negra, porém as tradições dos afrodescendentes estariam restritas aos velhos e, portanto, elas tenderiam a desaparecer. Lavínia Raymond também acreditava nesse pressuposto, mas questionava-se sobre a persistência das manifestações culturais. Essa perspectiva de desaparecimento está presente em diversos relatos sobre as manifestações culturais do Atlântico Negro. Entretanto jongos e candombes continuam vivos nas comunidades negras! Nesse sentido, é oportuno investigar os sentidos políticos para esses intelectuais afirmarem que as culturas negras iriam desaparecer.
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