Atención

Búsqueda avanzada
Buscar en:   Desde:
A Burocracia como entrave à luta social: um debate necessário
Natália Perdomo Dos Santos.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A tentativa inconclusa de democratização do Estado iniciada no Brasil na década de 70 do século XX protagonizou a erosão do regime autocrático financiada pelo Imperialismo.Deixou, contudo, hiatos que impõem desafios ao movimento dos trabalhadores, hoje gravemente acirramentos.A objetivação das transformações societárias gestadas em meados de 70, sobre uma classe em estado de superexploração sufocaria as utopias da disputa de hegemonia do Estado antes da materialização da efêmera constituição de 1988.Concomitantemente, a restauração capitalista açulava reorientações oportunistas dos partidos operários internacionalmente. No transcurso brasileiro, a adoção da conciliação de classes pelo Partido dos Trabalhadores(PT), e o transformismo político que culminou na sua integração absoluta ao Estado com eleição de Lula obstaculizou a construção de uma genuína consciência anticapitalista.Dialeticamente, um novo e complexo processo de reorganização social iniciou-se. Construída por organizações heterogêneas, mas obscurecido pela tendência relativista dos segmentos refratários à ação revolucionária; fortemente marcado pelo personalismo e pela burocratização de suas direções. A degradação das condições de vida e trabalho consequêntes à lógica de uma sociedade Sui generis, cujas forças produtivas disponíveis já não mais favorecem a manutenção de suas bases sustentadoras é intensificada pela abertura da onda longa recessiva em curso e coloca, demandas urgentes: como construir organizações capazes de enfrentar a subsunção do conjunto da vida social ao capital, tendo como norte a superação de sua estremadura? Essa tarefa hercúlea é ainda incontornável.Entretanto, experiências fecundas dos trabalhadores trazem a necessidade de retomar aspetos originários da insurgência, como a introjeção da luta nos espaços onde se dá a exploração e a retomada de organizações de base, para além da luta superestrutural, garantindo o controle das direções pelos trabalhadores. Essas táticas que teriam o intento de combater a degeneração histórica das organizações classistas – a burocracia e sua necessidade de conservar uma minoria aristocrática no seio da classe – eram postas em prática pelo movimento sindical metalúrgico de São José dos Campos-SP, na construção das organizações por local de trabalho(OLT). As reivindicações cotidianas no chão de fábrica deram início à oposição metalúrgica de São Paulo e ao soerguimento de uma consciência de classe para si, iniciada no debate das condições de vida e trabalho. A organização histórica das OLTs permitiu a manutenção na cidade de direitos perdidos pelo conjunto dos trabalhadores brasileiros. Esse trabalho, entretanto, sofreu injúrias graves com o desmantelamento do departamento de saúde do trabalhador, em 2015.O seguimento, responsável pela disputa política das comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA), era reconhecido pelo criação de fileiras de novos ativistas pelos próprios diretores sindicais que a findaram.Tal lástima vale ser investigadas, mas desde já sugere a crise de direção sobre a qual flutua a luta dos trabalhadores e que carece ser debatida em sua totalidade.
Texto completo
Creative Commons
Esta obra está bajo una licencia de Creative Commons.
Para ver una copia de esta licencia, visite https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.es.