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ABC da Greve e Eles Não Usam Black-tie: percorrendo o ABC paulista de 1978 a 1980 com Leon Hirszman
Paula, Alves - Instituto Femina.
XI Congreso Argentino de Antropología Social, Rosario, 2014.
Resumen
Desde 1978, grandes greves vinham acontecendo nas cidades do ABC paulista, grande zona industrial do Brasil, e um forte movimento sindical trabalhador estava surgindo. Naquele ano aconteceram greves de maio a dezembro por todo o estado de São Paulo, cerca de 300 fábricas pararam. Em 1979, nova greve estoura e os sindicatos sofrem intervenção do governo federal, em pleno regime militar. Em 1980 o governo militar reage a nova greve colocando a polícia e o exército nas ruas em confronto com os trabalhadores, os dirigentes sindicais são presos. Esse é um momento intenso na história do país e do cinema brasileiro, ainda influenciado pelo movimento cinema novo, em meio a crises com a censura. O cinema brasileiro começa a tomar novos rumos com a criação da empresa estatal Embrafilme. A partir das greves desencadeadas entre 1978 e 1980, tomando o movimento operário como tema, 21 filmes são realizados. A existência de tantos filmes sobre as primeiras greves após 1968 se deve muito ao fato das mesmas terem sido os primeiros movimentos significativos de oposição ao governo após anos de silêncio. Dois deles foram realizados pelo mesmo diretor – Leon Hirszman – o documentário ABC da Greve e a ficção Eles Não Usam Black-tie, em 1979 e 1981, respectivamente. Este trabalho consiste, principalmente, na análise desses dois filmes, seus processos de produção e suas opções estéticas, como se completam e se influenciam, como representam o movimento operário e o momento político do país.