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O indisciplinável na disciplinarização ambiental: uma etnografia sobre o ‘fortalecimento das agroflorestas’
Matheus Korting - PGDR/UFRGS.
Cleyton Gerhardt - PGDR/UFRGS.
José Carlos Gomes dos Anjos - PGDR/UFRGS.
Cleyton Gerhardt - PGDR/UFRGS.
José Carlos Gomes dos Anjos - PGDR/UFRGS.
X Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2013.
Dirección estable:
https://www.aacademica.org/000-038/44
Resumen
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as agroflorestas ou Sistemas Agroflorestais (SAF´s) dentro de suas possibilidades de conciliar plantios com o manejo de florestas nativas conjuntamente com o processo de disciplinarização através da legislação ambiental e florestal para as agroflorestas assim como as dificuldades que os agricultores enfrentam diante das fiscalizações e limitações que órgãos ambientais se propõe a realizar.
Para tanto, o trabalho se propõe a inicialmente situar as discussões sobre as agroflorestas na tentativa de caracterizar algumas particularidades dessa forma de agricultura que se alia a espécies florestais, enfatizando a importância dada a biodiversidade e as espécies nativas dentro da agrofloresta. Junto disso será relatado sobre a relação das agroflorestas e a legislação ambiental, que é considerada por muitos agricultores como ‘restritiva e punitiva’ no que tange a proteção das florestas mesmo dentro das propriedades, dentro de um ideário reproduzido na legislação do que se denominou o ‘mito da floresta intocada’ por Diegues (2005).
Na sequencia, a ideia é a de trazer o conceito de sociedades disciplinadas de Michel Foucault, juntamente com a ideia de que a fiscalização ambiental promove uma espécie de panoptização no espaço rural, onde a verdade produzida pela legislação ambiental reflete num controle de suas atividades, onde o comportamento de ‘não tocar na floresta’ acaba por limitar as possibilidades de agroflorestas, que, para existir, necessita de constante manejo, corte e seleção de espécies-chaves. Essas práticas são proibidas pelas legislações florestais e/ou submetidas a licenciamentos ‘excessivamente burocráticos’, conforme relatam muitos agricultores.
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