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O campo do patrimônio cultural nas sociedades complexas: estudo de caso na localidade do ribeirão da ilha/Florianópolis/sc
Mariela Felisbino da Silveira - Mestranda em Antropologia Social e pesquisadora NAUI / PPGAS-UFSC..
X Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2013.
Dirección estable:
https://www.aacademica.org/000-038/307
Resumen
O bairro Ribeirão da Ilha, Florianópolis / Santa Catarina/ Brasil, foi um dos primeiros povoamentos portugueses da cidade. Esta localidade guarda consigo um conjunto de patrimônios culturais que são pensados como atrativos, oferecidos pelas instâncias governamentais e privadas ligadas ao turismo, para quem procura conhecer e vivenciar os aspectos particulares do lugar.
Inicialmente, o que me chama a atenção é a apropriação do discurso do patrimônio cultural por parte das organizações de incentivo ao turismo. Esta apropriação acontece através de diversas estratégias, uma delas é a mídia voltada aos turistas, que usa as representações e imagens do patrimônio local como pano de fundo de suas ações.
Dessa forma, a presente pesquisa objetiva uma análise dos usos e sentidos atribuídos aos bens do patrimônio cultural pelos moradores da localidade, trazendo como contraponto, o discurso oficial das iniciativas pública e privada que fomentam o turismo.
Nesta pesquisa, tomo as discussões sobre patrimônio cultural e turismo como constituintes de um campo nos termos de Bourdieu. Segundo o autor, é no campo que os indivíduos travam lutas constantes em defesa de seus interesses.
As condições de existência e as práticas dos sujeitos configuram o estilo de vida, além de serem produto do habitus, que nada mais é que um “sistema de disposições duráveis e transponíveis” este sistema revela as preferências e as necessidades por meio da escolhas que os indivíduos fazem.
Se considerarmos o caso do Ribeirão da Ilha para analisar a constituição deste campo, veremos que os diversos seguimentos envolvidos nas atividades turísticas da localidade (moradores, comerciantes, turistas e instituições de fomento ao turismo) constituem as forças desta luta, cada qual com suas estratégias que repercutem seus gostos e interesses.
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