Sabe-se que a experiência da modernidade periférica demonstra a ascensão do fenô- meno da favelização, principalmente, nos países da América Latina. Nessa conjuntura, minorias vulneráveis habitam espacialmente em emaranhados de comunidades, as quais não detêm uma estrutura capaz de proporcionar um empoderamento social e onde a caracterização territorial do entorno habitacional é a degradação. Desse modo, o ob- jetivo da presente pesquisa é abordar os processos de exclusão social na América La- tina a partir da metateoria do Direito Fraterno, os quais se tornam mais complexos nas favelas. Portanto, a metodologia a ser empregada será um estudo dedutivo e uma aná- lise bibliográfica. Diante dos dilemas da desigualdade, pobreza e exclusão social, a pro- blemática pretende elucidar se o tecido patológico das favelas latino-americanas pode ser (res)significado a partir do Direito Fraterno como forma de concretização dos Direitos Humanos e realização da cidadania. Sobretudo, constata-se que perante tais arranjos conflitivos, a metateoria do Direito Fraterno contribui para a promoção de diálogos emancipadores, os quais proporcionam alternativas que desobstruam o acesso ao Es- tado Social e Democrático de Direito, no sentido de potencializar uma teoria da Justiça Social que reconheça tanto as especificidades do território das favelas na América La- tina quanto a cartografia humana integrante do tecido plural periférico.