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Culturalismo conservador e mito da “brasilidade”: aspectos de uma ideia- força na mídia dominante
Marcio Serelle.
XXXII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Lima, 2019.
Resumen
A expressão “culturalismo conservador”, desenvolvida na obra de Jessé Souza, desde A Modernização Seletiva (2000), refere-se criticamente a um pensamento social brasileiro que contribuiu para a formação do mito da “brasilidade”, que é definido por traços como miscigenação, sensualidade, emotividade, confiança interpessoal, entre outros. Por um lado, essas características, afirmadas como singulares ao brasileiro, resultaram na escamoteação de conflitos raciais e de classe; por outro, na ativação de um contraponto, quase sempre idealizado, em uma norte-americanidade, que afirma nossa inferioridade como povo e nação. Souza enfatiza o modo como esses valores, alguns deles concentrados no "homem cordial" de Buarque de Holanda, alongam-se para uma noção naturalizada de um estado patrimonialista. Dessa tradição, Souza apreende a gênese de uma ideia-força – ideia que articulada a interesses poderosos os marcara e justifica. Neste artigo, busca-se problematizar como esse imaginário e essa ideia-força, que, segundo Souza, apontam para nosso “viralatismo”, propagam-se midiaticamente em relatos tanto factuais (os do telejornal, por exemplo) como ficcionais (os da telenovela, da série televisiva). Quais são as possíveis articulações entre uma comunidade compartilhada no mito e uma coletividade estabelecida no midiático, que proporcionariam, em nossa sociedade, a coesão de identidades emocionais? Se o argumento de Souza implica, em geral, um espectador passivo na relação com a mídia, pretende-se, nesta comunicação, por meio da teoria da mediação, em Martín-Barbero e Roger Silverstone, problematizar a complexidade das interações midiáticas, que reverberam no cotidiano com implicações éticas e no modo como nos vemos como povo.
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