Este estudo tem como objetivo diagnosticar e espacializar os desdobramentos violentos dos conflitos no campo, para o estado da Bahia, assim como desvendar as ações de resistência e enfrentamento ligadas às comunidades tradicionais e ao mundo do campesinato em geral. Buscou-se, a partir da sistematização e mapeamento dos dados presentes nos Cadernos de Conflitos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), identificar por meio das categorias ameaças, tentativas de assassinato e assassinatos, os principais sujeitos envolvidos em violências no campo baiano bem como espacializar essas violências buscando identificar territórios de violência A partir do entendimento de que o Estado age em defesa dos interesses das classes hegemônicas o estudo apresenta os principais determinantes da violência material e imaterial que torna o pobre do campo subalternizado. Ações de resistência e enfrentamento, através do sentimento coletivo demonstram, neste contexto, a força capaz de criar uma contra hegemonia da ordem vigente.