¿No posee una cuenta?
Jejum e a metamorfose dos corpos: Etnografia de um retiro espiritual de alimentação prânica
Caroline Brito.
XXXII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Lima, 2019.

Resumen
Prática conhecida de muitas tradições religiosas, nem sempre o jejum aparece no interior de sistemas religiosos mais estruturados. Jejuns espirituais e desintoxicantes vêm sendo praticados em retiros especializados que surgem no contexto fluido das novas religiosidades. No jejum de 21 dias da alimentação prânica, o corpo do iniciante passa por um profundo processo de transformação, que instaura novas capacidades físicas e espirituais, como a possibilidade de dispensar o alimento físico e nutrir-se diretamente da energia vital do ambiente. Atravessa a prática um sentido de produção de um corpo livre de constrangimentos sociais, um corpo potente e mais sintonizado com o estado de consciência de uma nova sociedade que se encontra em formação, uma sociedade baseada em princípios ecológicos e holistas. O corpo livre de determinismos biológicos e sociais é um corpo moldável, tendo a noção de consciência como o principal operador dessas metamorfoses. É também um corpo mais pleno, mais saudável e mais conectado com a dimensão do sagrado. Este trabalho parte de pesquisas de campo em um retiro de alimentação prânica situado no estado de Minas Gerais, no Brasil, e da observação de redes sociais de debates sobre o jejum. Como expressão de um certo modo de vivenciação da religiosidade contemporânea, em que observa-se uma crescente aproximação do diálogo entre saúde e espiritualidade, entendo que a prática constitui um campo de observação prolífico para a compreensão de uma faceta de nossa complexa modernidade.
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