A ascensão social de indivíduos de baixa origem social por meio dos estudos é observada no segmento da sociologia da educação, com especial atenção também às estratégias de superação do restrito capital cultural de seu grupo familiar de origem. Este trabalho tem por objetivo refletir sobre esta luta individual por reconhecimento e alguns de seus aspectos, observáveis sob o prisma de uma violência simbólica. Esta revisão de literatura busca aclarar categorias analíticas de Pierre Bourdieu e Axel Honneth com aporte em Taylor num primeiro momento; para em seguida refletir sobre seu potencial de sinérgica relação, quando acionadas pelos debates em educação circunscritos no arcabouço da Sociologia do Improvável. Resultados indicam que tais bases teóricas de investigações, além de encontrar um profícuo campo de estudo nos países em desenvolvimento como o Brasil, revelam aspectos de violência simbólica que permeiam exatamente a incorporação de novos códigos e linguagens sociais por parte dos indivíduos que ascendem socialmente por meio dos estudos, como fator inerente a esta transformação de sua condição social.