Esse trabalho tem por objetivos analisar historicamente os marcos legais da trajetória da gestão escolar e problematizar a relação entre a coisa pública e o gerencialismo na educação básica no cenário brasileiro. Como marco referencial nos aprofundamos nas categorias políticas públicas, gestão e administração educacional, gerencialismo e defesa da escola pública a partir Saviani (1987, 2005, 2008), Rosar (2012), Adrião (2005, 2008, 2009), Peroni (2005, 2009), Garcia (2013) e Paro (1995, 2003). Além de retomar estudos de Newman e Clarke (2012), Freitas (2012). Como percurso metodológico utilizou-se o estudo bibliográfico e documental a partir de fontes oficiais nacionais (leis, relatórios e pesquisas do MEC). Esse estudo está em fase de desenvolvimento no curso de doutoramento em Educação na Faculdade de Educação da UNICAMP. Como possíveis resultados podemos observar a crescente relação entre os grupos empresariais e a educação pública nos sistemas de ensino, cada vez ampliada desde a década de 1980 até os tempos atuais. Observa-se ainda as constantes iniciativas privatizantes da coisa pública, desde a oferta de cursos e materiais didáticos adotados na formação dos gestores, apontando para a lógica do gerencialismo, ou seja, os gestores educacionais entendidos como gerentes da educação, colaboradores responsáveis pelo alcance das metas, objetivos e resultados do desempenho do sistema educativo, com funcionamento parecido ao de uma empresa privada ao contrário de pensar o bem público comum à sociedade, preocupado com a formação e desenvolvimento integral de cada cidadão na perspectiva do desenvolvimento da sociedade.