Ao relacionar espacialidades com o campo das artes, do paisagismo e dos saberes tradicionais foi construído, na Faculdade de Educação, o Jardim Mandala. Implantado com o objetivo de propiciar à comunidade acadêmica a oportunidade de estabelecer uma relação mais direta e criativa com o meio ambiente, explorou-se diversas possibilidades de conexões com as dimensões do ser no nível físico, sensorial, emocional, mental e espiritual. A partir dessa prática de intervenção e utilizando o espaço como suporte para reflexões sobre como os sujeitos podem alterar seu ambiente, foi possível potencializar a criação de um espaço educativo diferenciado, em comunicação com as mais diversas áreas do conhecimento. A experiência além de envolver a interação do público com questões ambientais, culminou em experimentações pedagógicas alternativas e diferentes abordagens sobre outros campos relacionados com a saúde integral. Concretizou-se, assim, uma prática para além da sala de aula tradicional, em um local diferenciado, com um sentido estético e lúdico eficiente para melhoria da qualidade de vida em um espaço institucional. Configurando-se como um jardim sensorial, o resultado foi também a criação de uma ambiência relaxante repleta de significados. Atualmente, o local é uma de sala aula aberta onde ocorrem práticas terapêuticas integrativas, meditação e descanso. Contudo, ao dar visibilidade aos saberes tradicionais relacionados ao cultivo de plantas medicinais e aromáticas, passou também a servir como sala de aula formativa para professores indígenas e de áreas campesinas, servindo ainda como modelo de intervenção propositiva para escolas urbanas e rurais, desde a educação infantil ao ensino superior.