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A ontologia marxiana como caminho para uma ciência emancipatória: breve resgate histórico da epistemologia burguesa e a necessidade de sua superação
Janaynna de Moura Ferraz, Bárbara Katherine Faris Biondini y Deise Luiza da Silva Ferraz.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este ensaio teórico tem como objetivo expor como a ciência e seu epistemologismo afastam a possibilidade de apreender o movimento do real, isto é, conhecer a essência dos fenômenos para além das aparências das relações sociais, na mesma medida em que reforça o sociometabolismo do capital. Para atingir este objetivo, o caminho que pretendemos traçar perpassa a trajetória histórica da teoria do conhecimento, buscando compreender as razões pelas quais as principais teorias surgiram, se desenvolveram e assumiram um papel relevante para as ciências sociais. Veremos que desde o surgimento das ciências sociais, sua vinculação se deu, num primeiro momento, à conceitos que partem de categorias que encobrem a exploração dos trabalhadores em detrimento de um desenvolvimento social mútuo que não ocorreu - embora tais pesquisadores tivessem uma preocupação genuína com o entendimento das mudanças daquele período, a história nos mostra as consequências bárbaras da vida humana sob a égide da propriedade privada dos meios de produção - e, num segundo momento, vinculou-se ao critério abstrato da neutralidade e da especialização, uma ciência atada intencionalmente à reprodução do sistema hegemônico. Assim, buscaremos também compreender como essas trajetórias históricas culminaram na subserviência ou na submissão de tais teorias à sociabilidade capitalista. Compreendemos que há uma estreita relação entre a forma como os paradigmas sociológicos são apropriados pelos pesquisadores e suas instituições, em face de atuarem na reprodução e legitimação do sistema produtivo hegemônico, contribuindo, portanto, para que a ciência contemporânea seja parcelar, ideológica e a-histórica e, por conseguinte, incapaz de promover a humanização da humanidade. Isso porque que toda produção capitalista se destina a gerar valor de troca, de maneira que a ciência não se respalda na necessidade humana, mas em seu potencial de exploração de mais-valor. Dentre as condições para o enfrentamento da ciência capitalista, Karl Marx deixou-nos a lógica do capital e o materialismo histórico e dialético como meio com capacidade de demonstrar as contradições da vida nesta sociedade, ao recuperar a ontologia como filosofia primeira para o estabelecimento da possibilidade de conhecer e superar a necessidade de um método a priori como pressuposto para o fazer científico. No seu lugar, as categorias totalidade, contradição e historicidade assumem um caráter direcionador para o pesquisador, não para delimitá-lo, mas para mantê-lo atento às categorias que o objeto, em sua integridade, irá demandar. Será por meio do materialismo histórico e dialético que buscaremos atingir o objetivo proposto neste ensaio, utilizando as categorias acima para investigar as principais teorias cuja visão de mundo influenciaram os diferentes paradigmas das ciências sociais.
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