¿No posee una cuenta?
A Medicina tradicional chinesa, as emoções e o câncer: uma abordagem holística
Cícero José Alves Soares Neto.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.

Resumen
Esta comunicação oral objetiva compreender o vínculo social entre as emoções e o câncer, por intermédio dos registros memorialistas das obras dos autores portadores da patologia. Em última instância, a intenção é apreender as mensagens subliminares emitidas pelos portadores do problema de saúde, no registro da manifestação da memória social publicada pelos autores que vivenciaram o problema de saúde. Conceitualmente, esta proposta de trabalho, fundamentada numa visão holística e em diálogo com a abordagem biomédica, objetiva compreender o vínculo social das emoções com a patologia. Para isto, fundamenta-se na Medicina Tradicional Chinesa, e nos princípios da teoria taoísta: a polaridade yin-yang, a teoria dos cinco elementos e os ciclos da criação e do controle. Além do paradigma fundamental do “chi”, que a análise ocidental traduziu como energia vital. E a contribuição essencial do pensamento oriental que vincula as emoções (a raiva, o medo, a tristeza, a alegria, a preocupação e a ansiedade) com os órgãos ocultos do corpo humano (o coração, o fígado, o baço, o pulmão e o rim). Portanto, esta proposta de trabalho objetiva compreender como acontece a conexão social das emoções e a patologia, conforme a leitura fundamentada nos princípios da filosofia taoísta. Contudo, em última instância, a meta é entender a dominação social na sociedade humana, por intermédio da cultura do ato de adoecer, por uma patologia singular, o câncer, sob uma visão holística, num diálogo com a leitura biomédica. Historicamente, esta linha investigativa, “a origem social do ato de adoecer”, recebeu uma resistência epistemológica que se localizava prioritariamente na formação profissional do pesquisador oriundo da sociologia, com o foco de questionamento objetivo: “você é médico?” Além deste enfoque, a resistência questionava se o investigador não estava “viajando”, com a intenção subliminar de identificar uma abordagem esquizofrênica na temática. Na fase seguinte, denominada de fase de transição, a pesquisa, ao aprofundar a investigação, ilustrou o argumento analítico com o registro de pessoas públicas portadoras do problema de saúde mencionado. Ocorreu a diminuição da resistência epistemológica e o real foi se impondo ao mecanismo de resistência. Para isto, os registros ilustrativos usados foram de pessoas públicas conhecidas e portadoras da patologia: Pedro Collor, Sandra Regina Machado, Luís Inácio Lula da Silva, José Aparecido, Norma Bengel, Luís Gushiken e Roberto Jeferson, todos pessoas públicas e de conhecimento do conflito pessoal de saúde vivenciado. Porém, uma crítica se colocou ao andamento da pesquisa temática: a questão da artificialidade na abordagem da questão. Assimilou-se a crítica da artificialidade e redimensionou-se o universo dos casos pessoais ilustrativos para privilegiar apenas os casos dos portadores da patologia que tiveram a ousadia de socializar a experiência patológica em obras de registro de memória documental da experiência pessoal. Assim, a questão central desta proposta de trabalho reside em apreender as mensagens subliminares dos portadores da patologia que registraram o sofrimento pessoal em obras da memória social da convivência com o problema pessoal de saúde. Neste sentido, a intenção da pesquisa será identificar, na fonte documental da memória social do registro memorialista do autor qual a mensagem subliminar que portador da patologia manifesta como a origem do conflito emocional vivenciado, segundo a lógica da relação emoção-doença? Metodologicamente, a proposta de trabalho da investigação está em construção, dialeticamente se formatando nos eventos das ciências humanas e sociais. Neste evento, a meta será uma análise comparativa de dois registros memorialistas: “O Cancro foi a minha cura”, de Vânia Castanheira e “O Meu cancro morreu e eu renasci”, de Sandra Matinhos. Portanto, a intenção da investigação será apreender as mensagens emocionais subliminares que o portador da patologia emite como pistas e diretrizes de inserção no sofrimento pessoal da conexão da emoção-câncer do portador, por intermédio do método da análise de conteúdo.
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