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Epidemiologia ou indústria de autismo? Análise dos efeitos provocados pela mudança do DSM-IV e da configuração das redes de cuidados de pessoas com autismo em São Luis, MA (Brasil)
Alcione Do Socorro Andrade Costa.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Esta apresentação segue o horizonte teórico de uma sociologia pública; orgânica (BUROWOY, 2005), que traz para a eira do diálogo, os sujeitos envolvidos na discussão. É assim, que como mãe de uma criança com diagnostico de autismo, trago para este espaço de visibilidade acadêmica, a discussão dos efeitos da mudança do DSM-IV e das Politicas Públicas de Saúde Brasileira, configuradas atualmente em redes de cuidados de pessoas com autismo em São Luís do Maranhão (Brasil). O DSM-IV, em linhas gerais é a expansão de características de transtornos mentais, comportamentais e cognitivos, dispostos em um único “guarda-chuva” denominado de Transtorno do Espectro Autístico (TEA). Segundo Leda Bernardino (2010), essa definição reduziu o sofrimento psíquico a dimensões organicistas e a uma perspectiva de medicalização da existência. Essa mudança acompanhada pelo processo de reconfiguração das redes de cuidados dessa população, marcada pela desinstitucionalização das doenças mentais, levou a uma maior visibilidade do autismo nas mídias, a partir das demandas e protagonismo dos familiares, agora responsabilizados pelos cuidados com a pessoa com TEA. Esse deslocamento, gerou na análise inicial desta pesquisa, um mercado consumidor de produtos ligados a ele, onde cito ozônioterapia, câmara hiperbálicas, medicamentos ortomoleculares. Não tenho dados suficientes e não existem pesquisas ainda sobre os efeitos dessas novas terapias, por isso, o questionamento, se estamos lidando, com que os grupos e associações de pais e profissionais de São Luis-MA, denominam na linguagem nativa de epidemia ou se de fato estamos lidando com uma espécie de indústria de autismo, uma vez que, qualquer alteração do desenvolvimento passou a ser passível de ser classificada como autismo. Assim, o objetivo desse trabalho, é construir uma análise compreensiva, a partir da perspectiva da sociologia da saúde, dos efeitos dessas mudanças e seus impactos na vida dos familiares e das pessoas com TEA. Para tanto, adotei como método de pesquisa o interacionismo simbólico, realizado a partir de coleta de dados em quatro grupos locais de familiares de pessoa com autismo.
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