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Condições e relações de trabalho das costureiras do vestuário feminino na cidade do Rio de Janeiro
Aline Lourenço.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Os impactos sociais e ambientais provocados pelo avanço do capitalismo são muitos e a indústria da moda também tem contribuído tanto com a degradação do meio ambiente, quanto com a exploração dos trabalhadores. Relações de trabalho como a terceirização e subcontratação, afetam profundamente a classe trabalhadora e se desdobram em importantes alterações na segurança e proteção legal do trabalho.O impulso à necessidade de consumo, especialmente voltado a questão do vestuário feminino, traz demanda de produção de peças em uma velocidade maior com o preço menor favorecendo a constante compra, e com isso o aumento de trabalho sem mudança no valor do salário. As denúncias frequentes sobre condições precárias e inclusive análogas ao trabalho escravo na indústria da moda apontam a presença de condições facilitadoras à exploração nesse ramo. Condições essas que vão desde manobra política de favorecimento às grandes empresas, a tentativa de alteração da tipificação do termo trabalho escravo e o crescimento das chamadas Sweatshops (Fábricas de suor) com jornadas superiores ao permitido por lei, com uso de trabalho infantil, violência psicológica e condições desfavoráveis à saúde. Outro ponto latente que parece ser uma característica particular do processo produtivo da indústria da moda é a enorme distância entre, as exigências da força de trabalho de quem pensa e desenvolve as tendências da moda (trabalho intelectual - estilista) e o trabalho dos que executam os produtos para o consumo (trabalho braçal- costureiras). Essa distância estaria refletida também nas diferentes condições de trabalho entre um e outro, pois o trabalhador braçal está situado no extremo da produção, alheio ao processo como um todo. A partir da experiência adquirida dentro de uma fábrica de roupa feminina carioca, demandas importantes tornaram-se visíveis e uma delas foi a compreensão de que as costureiras externas faziam parte do grupo de trabalhadores em condições precárias de trabalho, com relações informais e superexploração. Pois até então, o fato de não serem funcionárias da fábrica, não forneciam condições de visualiza-las como pertencentes à classe que vive do trabalho, devido ao pouco contato que era estabelecido. Portanto, a importância desse tema está na tentativa de aproximação, dentro de um contexto de transformação do mundo do trabalho, das formas de relações de trabalho instituídas com as costureiras que prestam serviço às marcas de vestuário feminino carioca, dando ênfase a categoria que a meu ver, possui o papel importante na construção do produto e que não é incluída no “mundo do glamour” criado pelas marcas fashion de vestuário feminino .
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