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Amizade e interação em comunidades do Facebook: uma análise de redes sociais no grupo Direitos Urbanos | Recife
Micheline Dayse Gomes Batista.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Não há dúvidas de que a internet mudou o modo como pensamos, estudamos, trabalhamos, compramos, divertimo-nos, produzimos e consumimos informações. Mas a mudança mais fundamental talvez tenha ocorrido na forma como nos relacionamos e nos comunicamos. A internet tem propiciado a criação de espaços sociais nos quais as pessoas se encontram e interagem umas com as outras, levando-nos a inferir que esses espaços são, de alguma forma, tipos de comunidade. Mais recentemente, são os sites de rede social, como o Facebook, que têm chamado atenção pelas possibilidades de estruturação de novas amizades e interações. Para além do potencial agregador dessas ferramentas capazes de reunir milhares de pessoas em torno de valores e interesses comuns, é preciso investigar se, de fato, os membros dessas comunidades estão se conectando e interagindo entre si e em que nível. Neste trabalho, analisamos as redes de conexões de amizade e de interações que se estruturam na página do grupo Direitos Urbanos | Recife (DU) no Facebook, que em 2015 reunia cerca de 30 mil membros com o objetivo de discutir a questão urbana na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. O DU está inserido no contexto dos movimentos urbanos que têm utilizado as redes sociais da internet para informar, articular, organizar e mobilizar, tendo entre seus expoentes o Ocupe Wall Street. Utilizamos a abordagem de Análise de Redes Sociais com o intuito de observar regularidades e inferir padrões estruturais de amizade e interação no DU. Os dados da pesquisa mostraram que são poucos (menos de 10%) dos membros do DU que possuem relação de amizade no Facebook com outros membros e que aqueles que possuem se relacionam com apenas dois outros membros, em média. Identificamos, assim, uma rede de amizade pouco viva e muito fragmentada. O nível de interação também não se mostrou muito significativo. Quem interage, seja “curtindo” ou comentando as postagens na página do grupo, também o faz com apenas dois outros membros, em média. Todas as redes analisadas indicaram graus consideráveis de centralidade, isto é, são redes verticalizadas, com poucos atores bem conectados e capazes de influenciar outros atores. Também verificamos que são poucos os integrantes do DU realmente ativos. Uma boa parte dos membros apenas “curtiu” a página do grupo e não costuma interagir. São poucos os que curtem as postagens, menos ainda os que comentam. O grupo dos que costumam postar é ainda mais reduzido e são esses que acabam pautando o debate. Concluímos, assim, que há uma distância significativa entre o que é ser membro e o que é participar efetivamente de uma comunidade on-line, demandando uma redefinição do próprio conceito sociológico de comunidade.
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