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Indivíduo e Rede: Biopoder e as máscaras sociais/virtuais
Fernando Francelino Lopes Júnior y Karla Danielle Da Silva Souza.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Em tempos de vida líquida (BAUMAM, 2001) as tecnologias de informação são cada vez mais parte dessa realidade. Seja como facilitadores, interlocutores, produtores, formadores. E é nesse ponto, o de formação do pensamento dentro uma realidade imediatista, plural e acessível e, ao mesmo tempo, perigosamente desregrada que este artigo busca discutir. Como a internet e seus recursos, bem como sua popularização, principalmente através dos smartphones, tem modificado as formas de relacionamento e conhecimento, aprendizagem, relações de poder e biopoder (FOUCAULT, 1975). De que modo tais ferramentas se colocam como atores sociais interligados de forma virtual (Latour, 2009) ocasionando tais mudanças nos comportamentos. Tais apontamentos são fruto da experiência de sala de aula com um público adolescente em nível médio de ensino. Durante o ano de 2016, na condição de professor de Sociologia de primeira, segunda e terceira série do Ensino Médio, expandi o trabalho de ensino de sociologia às ferramentas de informação. Utilizando as redes sociais para comunicação com os estudantes – o que me disponibilizava a observação de características da individualidade dos discentes, por estarem na “intimidade de sua rede social” e não na escola, onde a hierarquia professor/estudante mascara (GOFFMAN, 1975) alguns comportamentos – e a produzir atividades que possibilitava a interação nestes espaços de sociabilidade virtual, através de uma página criada numa rede social para o compartilhamento de conteúdo e disponibilização de tarefas e atividades extraclasse. Com o acesso que me fora permitido, pela aceitação nos perfis pessoais dos estudantes em determinada rede social, observei, em vários indivíduos, dois tipos de comportamento apresentados. No espaço da rede social, os estudantes se sentem mais à vontade para se expressarem o que não fazem, de forma tão segura, fora do espaço virtual – o que nos leva a outra questão neste artigo que é: até que ponto a mediação das informações é desnecessária? Uma constatação comum durante a observação é a reprodução de discursos prontos, muitas vezes discriminatórios, racistas, machistas etc. que, como professor e, por isso ter contato a ponto de conhecer razoavelmente o grau de fundamentação destes, me é possibilitado a percepção da reprodução desses discursos nocivos por influência dessa falta de mediação mínima das informações disponíveis pela rede. Este trabalho se fundamenta nas teorias de vida líquida (BAUMAN, 2001), Biopoder (FOUCAULT, 1975), Ator REDE (LATOUR, 2009) e Máscara Social (GOFFMAN, 1975). A partir dessas discussões e da experiência docente e discente no espaço virtual, as reflexões até o presente momento apontam para a pertinência das preocupações acima apresentadas, em relação tanto a observações dos comportamentos propostos pelos novos acessos, quanto, principalmente, no que tange ao acesso, aprofundamento e uso das informações disponíveis ou disponibilizadas na rede.
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