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Histórias negadas e memórias esquecidas das heroínas de Tejucupapo
Marciano Antonio Silva y Allene Carvalho Lage.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente artigo se propõe a discutir o processo de (in)visibilização feminina nos registros históricos, compreendendo que as mulheres participaram ativamente do movimento de luta e resistência no curso da história, no entanto, suas narrativas foram ocultadas. Desse modo, tomamos como objetivo geral do nosso estudo compreender os elementos que permeiam o processo de (in)visibilização das mulheres nos registros históricos sobre as lutas sociais. Entendemos que o silenciamento da luta feminina evidencia uma categoria que tem sua historicidade (in)visibilizada e subalternizada do imaginário social, sendo condicionadas a um processo de esquecimento e exclusão, que corroborou a ausência dos registros de suas lutas, suas conquistas, enfim, seus feitos, em nome de uma matriz que historicamente possibilitou apenas aos homens, brancos, heterossexuais e nobres um lugar privilegiado, não só na história, como e principalmente na narrativa do historiador, onde o lugar de herói, de patriota, se firma no gênero masculino. Nesse sentido, partimos da análise do episódio protagonizado pelas mulheres de Tejucupapo no estado de Pernambuco, Brasil, em meados do século XVII, tendo em vista que as mesmas tiveram uma participação direta e decisiva na luta contra os holandeses na antiga povoação de São Lourenço de Tejucupapo, a qual atualmente é um distrito pertencente ao município de Goiana-PE. Dessa maneira, foram protagonistas, resistentes e fortes, rompendo com todos os estereótipos que colocam a mulher num patamar de fragilidade, delicadeza e sensibilidade. Porém, sua participação no movimento de luta tem sido ocultada nos livros de história, inclusive no estado de Pernambuco, Brasil, onde as heroínas de Tejucupapo vem sendo esquecidas, apesar do seu protagonismo no trajeto histórico da luta contra os holandeses. Sob este viés, no percurso metodológico realizamos um estudo de caráter exploratório, onde adotamos a pesquisa historiográfica para desenvolvimento do estudo. Também utilizamos o Método do Caso Alargado, desenvolvido por Boaventura de Sousa Santos (1983), o qual nos possibilita analisar as peculiaridades do caso estudado. Nossas considerações apontam que o processo de (in)visibilização sofrido pelas mulheres nos registros históricos, como no caso de Tejucupapo, Pernambuco, Brasil, resulta de uma negação de base colonial, patriarcal e sexista, a qual no decorrer da história condicionou lugares subalternos para as histórias de mulheres que protagonizaram lutas em defesas sociais. Palavras-chave: História. Mulheres. (In)visibilização.
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