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A serviço de Deus: Uma análise dos cabos eleitorais voluntários e religiosos nas campanhas municipais de 2016 em Campos dos Goytacazes
Jhenifer Vieira De Almeida y Dr Vitor De Moraes Peixoto.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este trabalho é um estudo de caso de um grupo de cabos eleitorais voluntários vinculados ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) e pertencentes a uma mesma denominação religiosa neopentecostal, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), durante a campanha eleitoral municipal de 2016 em Campos dos Goytacazes – Rio de Janeiro (RJ). E que também apresenta os resultados das relações entre os cabos eleitorais e o grupo religioso e político a qual pertenciam. Tendo como pressuposto, que não somente as relações mercantis e/ou clientelistas podem explicar a interação entre cabos eleitorais, políticos e partidos, mas também a influência da liderança religiosa e política, relações de amizade e parentesco. O objetivo central da pesquisa foi de verificar a existência, a força e o significado dos vínculos celebrados entre os atores das duas frentes: a esfera religiosa e a esfera política, compreendê-las e assim propor uma terceira via de argumentação sobre o tema. A possibilidade de se pensar ação de cabos eleitorais sob motivação de uma ideologia religiosa. Para tal, as técnicas e os procedimentos de pesquisa utilizados foram os da metodologia qualitativa que estruturam uma análise de dois momentos. No primeiro momento, utilizamo-nos do método etnográfico para o acompanhamento do caso selecionado desde janeiro de 2016, até outubro do mesmo ano. No segundo momento de análise, que ocorreram em setembro de 2016, foram empregadas entrevistas estruturadas com os atores que ocuparam papéis nos três cenários resultantes do processo de conformação da campanha: o palco religioso, político, e no subproduto da interseção entre eles. O principal achado é o de que os cabos eleitorais intersecionam fortes vínculos entre o grupo religioso e político. Vínculos estes, que são institucionais e ideológicos. Laços e relações de confiança encontrados no partido, derivam das relações de amizade e parentesco encontradas no grupo religioso e também em seus cultos. Ademais, os cabos eleitorais voluntários afirmam em unanimidade que “fazer o bem”, “fazer uma política limpa”, trabalhando para um político “diferente” dos atuais “corruptos”, seriam motivos e estímulos para a entrada e permanência no grupo. Deixando implícito que existe uma ideia de que “Deus” seria o orientador dessa prática. E deste modo, estariam “servindo e obedecendo a Deus” através do seu trabalho na política. Palavras-chave: Cabos eleitorais, eleições municipais, religião.
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