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Análise de situações de desigualdade e vulnerabilidade socioambiental para o planejamento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas na Macrometrópole do Estado de São Paulo, Brasil
Humberto Prates da Fonseca Alves.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.

Resumen
Há hoje uma crescente conscientização de que os impactos das mudanças climáticas sobre as populações humanas serão inevitáveis e potencialmente devastadores. O clima da Terra já foi alterado de tal forma que a mitigação por si só não será suficiente. Por isso, serão cada vez mais necessárias políticas de adaptação, por meio de diagnósticos detalhados das vulnerabilidades locais e nacionais às mudanças climáticas. As áreas urbanas concentram uma proporção grande e crescente das populações mais vulneráveis às mudanças climáticas, nos países do Sul e do Norte. A falta de planejamento adequado para eventos climáticos extremos provocou situações de calamidade em muitas cidades, até no mundo desenvolvido, como ilustra o caso de Nova Orleans após o furacão Katrina. Assim, colocam-se novos desafios para abordar questões de vulnerabilidade e adaptação às mudanças climáticas, em escalas territoriais mais amplas do que as regiões metropolitanas. A Macrometrópole do Estado de São Paulo abrange as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba e Vale do Paraíba/Litoral Norte, agregando 173 municípios situados num raio de 200 quilômetros da capital paulista. A chamada Macrometrópole Paulista configura-se como o maior e mais complexo sistema urbano brasileiro, concentrando 30,5 milhões de habitantes no ano de 2010, e correspondendo a 74% da população e 83% do PIB estadual e 27% do PIB brasileiro. Por sua dimensão territorial e diversidade socioeconômica, demográfica e ambiental, a Macrometrópole Paulista envolve uma enorme complexidade e variedade de problemas e vulnerabilidades socioambientais, que tendem a aumentar nos próximos anos e décadas, no contexto das mudanças climáticas. Tendo em vista os elementos acima, o objetivo geral do presente trabalho é operacionalizar empiricamente os conceitos de desigualdade ambiental e de vulnerabilidade socioambiental, por meio da construção de indicadores socioambientais, com integração de dados socioeconômicos e demográficos do Censo 2010 do IBGE e de dados que representem áreas de risco ambiental, para análise de situações de desigualdade e vulnerabilidade socioambiental nos 173 municípios da Macrometrópole Paulista. A metodologia foi desenvolvida em trabalhos anteriores e combina a análise de duas dimensões da vulnerabilidade – suscetibilidade e exposição ao risco ambiental –, gerando um 'índice de vulnerabilidade socioambiental', por meio de métodos de geoprocessamento e análise espacial de cartografias digitais. Os resultados do trabalho permitirão identificar e analisar o tamanho, a distribuição espacial e as características sociodemográficas das populações que vivem em situações de desigualdade ambiental e vulnerabilidade socioambiental nos municípios da Macrometrópole Paulista, trazendo subsídios para o planejamento de políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas. No contexto de uma agenda de estudos sobre adaptação às mudanças climáticas, é importante o desenvolvimento de metodologias e indicadores para a análise de situações de desigualdade e vulnerabilidade às mudanças climáticas nas áreas urbanas e metropolitanas da América Latina.
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