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Integração regional e desenvolvimento nacional: uma análise a partir da política brasileira
Daniela Cristina Comin Rocha.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Os anos 2000 foram marcados pela emergência de governos progressistas na América do Sul, o que levou a uma retomada do papel do Estado como ator central no desenvolvimento econômico nacional, bem como a novas abordagens quanto ao papel da integração regional no desenvolvimento e na inserção internacional daqueles países. Ao invés de dar prioridade aos temas econômico-comerciais, como fazia o regionalismo aberto, questões sociais, políticas, culturais e de infraestrutura, passaram a ser a prioridade na pauta do regionalismo recente, chamado dentre outras nomenclaturas, de pós-liberal. Nesse contexto, no âmbito interno, os governos de vários países da região adotaram posturas nacionalistas o que os levou a evitar acordos regionais que implicassem perda de suas autonomias. Assim, ao mesmo tempo em que se buscou, no âmbito regional, adotar uma postura de maior autonomia frente ao sistema internacional, no plano interno, os países também se preocuparam em preservar o que a literatura denomina de “policy spaces”, isto é, garantir aos governos a autonomia necessária para adotar políticas domésticas, como políticas industriais. Assim, poucos avanços ocorreram no sentido de uma integração produtiva entre as economias ou em termos institucionais, tendo permanecido a lógica intergovernamentalista. Nesse mesmo período, a América do Sul e o MERCOSUL foram colocados como prioridades no discurso da política externa brasileira. A literatura aponta a existência de uma corrente, dentro do Itamaraty, que via a região como importante espaço para a expansão do capital nacional brasileiro e para o exercício de sua liderança política. Ao mesmo tempo, a integração produtiva com a América Latina e Caribe passou a integrar a política industrial brasileira como um dos temas relevantes para o desenvolvimento produtivo do país no longo prazo. Nesse contexto, também se insere o papel do BNDES como financiador de obras de infraestrutura regional implementadas por empresas de engenharia e construção brasileiras, o que pode ser interpretado com uma forma de o Brasil se colocar como o paymaster da integração, mas também como um exemplo de expansão do capital nacional na região. Nesse sentido, o objetivo do artigo é discutir como a América do Sul se inseriu na política brasileira, tanto do ponto de vista político quanto econômico. Em outros termos, o objetivo é debater se as políticas brasileiras para a região sul-americana tinham como objetivo promover avanços concretos em termos de integração regional ou estavam mais direcionadas aos objetivos de suas políticas industriais (expansão do capital nacional e internacionalização de empresas) e da sua política externa (busca por liderança regional e melhor inserção internacional).
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