¿No posee una cuenta?
As particularidades da interiorização/expansão da upe nos anos 2000 e sua expressão político-pedagógica
Clara Martins do Nascimento Clara.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.

Resumen
Este trabalho expõe os primeiros resultados de uma pesquisa teórica, de caráter documental, vigente no período de 2015 à 2018, como requisito à obtenção do Regime de Dedicação Exclusiva no corpo docente da Universidade de Pernambuco/UPE, no Brasil. Analisa o processo de expansão/interiorização da UPE, forjado na contrarreforma da educação superior brasileira dos anos 2000, buscando particularizar as suas implicações para o redimensionamento político-pedagógico desta Universidade pública estatal. Como premissas teóricas, identifica os determinantes da contrarreforma universitária, dimensionando quantitativamente e qualitativamente a interiorização da UPE. Ademais, problematiza as principais transformações político-pedagógicas vivenciadas nesta Universidade condicionadas pelos novos projetos de desenvolvimento do Estado brasileiro. Como resultado, ressalta: 1) A articulação entre o formato e o conteúdo do processo de interiorização da UPE e as tendências engendradas pela contrarreforma universitária do Governo Lula, com destaque para: a) A privatização/mercantilização do ensino superior – expressa, na realidade da UPE, no aumento da oferta de cursos de pós-graduação pagos, assim como, no retorno de propostas de pagamento de mensalidades pelos discentes; b). A ampliação do Ensino à Distância/EAD. Neste aspecto, houve, por exemplo, o fomento a implantação do ensino semipresencial na UPE e o fortalecimento das ações do Núcleo de Ensino à Distância/NEAD; c). A expansão das vagas nas universidades públicas – nesta Universidade, houve a criação de 19 novos cursos no intervalo de 2007 a 2014 (3.470 vagas ofertadas por ano). E, sobretudo, 2) os nexos entre a direção hegemônica dos processos de interiorização dos campi e o projeto de desenvolvimento econômico assumido pelo governo do estado, de viés neodesenvolvimentista – com destaque para o Plano de Aceleração do Crescimento/PAC que apresentou a educação superior como prioridade. Aqui, compreende-se a dimensão político-pedagógica como o resultado das concepções de ensino, pesquisa e extensão que norteiam a instituição. Na história da UPE, a interiorização apresenta-se como uma das principais políticas – o que justifica a atual presença da Universidade em três diferentes macrorregiões do estado de Pernambuco, dispondo de 11 campi. Contudo, as contradições que perpassam sua expansão/interiorização desafiam a investigação dos seus fundamentos na direção da efetivação de um projeto de Universidade pública e socialmente referenciada. A pesquisa exploratória realizada, assim como o levantamento empírico da dinâmica institucional permite-nos afirmar que a UPE vivencia uma nova fase ao ser desafiada a desenvolver estratégias para resolver os dilemas de sua expansão. Sendo os principais: a existência de cursos isolados, “sem campi”, ou com estruturas deficitárias (e, com isso, a precarização do ensino), a insuficiência de recursos de fomento à pesquisa e a extensão, a avaliação crítica da implementação do ensino EAD e a consolidação de uma política efetiva de assistência estudantil.
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