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Política e Protesto no Brasil Recente: uma análise das manifestações de junho de 2013
Jose Carlos Martines Belieiro Junior y Eser Azael Moreira Lopes.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Desde a redemocratização política e institucional do Brasil que há uma forte presença de movimentos sociais na arena política e social. Tanto os movimentos sociais de caráter mais específico como os movimentos sociais de caráter amplo tem comparecido de modo sistemático em momentos-chave da democracia brasileira. O movimento das Diretas Já, o momvimento estudantil pelo impeachment de Collor em 1992, e os movimentos sociais tradicionais, como sindicatos urbanos ou rurais demonstram forte dinamismo participativo no Brasil. No entanto, nos anos 2000 com a chegada do PT no poder com Lula em 2002, muitos movimentos como MST e CUT se aproximaram do governo petista. De forte vínculo com os movimentos sociais, o governo Lula conseguiu articular alianças com vários grupos sociais organizados. O governo Lula conseguiu flexibilizar medidas de política econômica com iniciativas no campo das políticas sociais e na política de valorização da renda do trabalho. Diante da orientação distributivista, o governo Lula não enfrentou movimentos de protesto. Na arena política e institucional, a capacidade política e carismática do ex-presidente se convertera em capital político suficiente para lidar com os conflitos entre grupos de interesse. Nas eleições presidenciais de 2010, o Partido dos Trabalhadores (PT) vence novamente a disputa, sendo o terceiro governo petista seguido desde 2003. Dilma Rousseff, eleita presidente com a responsabilidade de continuar o legado dos governos do PT. Na economia, o governo Dilma pretendia continuar as políticas crescimento econômico e no campo social, o aprofundamento das políticas de bem-estar social. O modelo distributivo de Lula estava amparado em aumentos salariais, distribuição de renda para os pobres e um programa de obras públicas. A continuidade desse modelo requeria uma situação econômica internacional e nacional favorável. A participação do PT no poder e seu modelo de políticas nunca foi consenso na sociedade brasileira. O governo Dilma adotou iniciativas com o objetivo de fomentar o crescimento com distribuição mas sua capacidade política de negociação com diferentes segmentos sociais era mais limitada. Medidas visando a redução de custos para as empresas e incentivos ao consumo foram adotadas mas com resultados discutíveis. A percepção de esgotamento do modelo petista de gestão da economia se tornaram crescentes no contexto do seu mandato presidencial. As classes alta e media, de posição política contrária aos governos petistas se lançaram numa sistemática oposição ao governo. Com a queda do crescimento econômico e as dificuldades políticas na arena institucional, as manifestações de protesto de 2013 espelham a crise da gestão petista na economia e sociedade. Com ideologias e classes variadas os movimentos de junho de 2013 são um desafio por apresentarem dimensões novas. Reativos aos governos do PT, de viés moralizante e conservador, o objetivo deste trabalho é analisar os movimentos de 2013.
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