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Modernidade e Vida Subjetiva: Simmel visita São Paulo
Marco Antonio Bin - Universidade Santa Cecília (UNISANTA).
X Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2013.
Resumen
No início do século XX, Berlim é uma cidade industrial em transformação. As construções antigas são demolidas, dando lugar ao novo. A vida social é intensa, se dá nos cabarés, clubes sociais e círculos profissionais. As desigualdades econômicas não impedem a multiplicação de espetáculos democráticos, para uma multidão que se move. A cidade recebe um fluxo ininterrupto de imigrantes – entre 1870 e 1900, mais que triplica sua população, de 915.000 para 3.100.000 de habitantes (FRIETZSCHE, 2008) – a agitação da modernidade multiplica a sensação de estranhamento e se incorpora ao ‘ruidoso esplendor’ da grande cidade. Essa Berlim dos anos 1900 se assemelha a São Paulo dos anos 1950, que nessa década, salta de 2.200.000 para 3.825.000 habitantes, 74% de crescimento, momento de intensa industrialização, migração interna e transformação urbana (SINGER, 1995). A proposta deste trabalho é, partindo da teoria do moderno, presente na sociologia de Georg Simmel, discutir as particularidades da vida subjetiva, em face da organização racional (SIMMEL, 2009) que se observa na realidade cotidiana de São Paulo. Como exemplo ilustrativo da arguição teórica, serão abordados trechos de um filme paulistano da época, ‘São Paulo Sociedade Anônima’ (Luiz Sérgio Person, 1965). O objetivo é desenvolver os conceitos simmelianos, identificados de maneira empírica na modernidade da grande cidade (São Paulo), relevando aspectos como o conflito indivíduo-sociedade e a resistência do sujeito; a progressão da impessoalidade e objetividade na vida cotidiana; o dinheiro como elemento definidor de todos os valores; a atitude ‘blasé’; a vida subjetiva transformada em vida puramente objetiva.
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