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Contrarrevolução e ditaduras na América Latina: elementos para uma periodização do processo político latino-americano pós-1964
Renato Luis do Couto Neto e Lemos - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil.
IX Jornadas de Sociología. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 2011.
Resumen
A comunicação relaciona a caracterização geral dos regimes políticos implantados na América Latina a partir de 1964 com a percepção das suas grandes conexões históricas. A espinha dorsal desses regimes é constituída pela orientação contrarrevolucionária: reativa, quando percebida uma ameaça real de revolução; preventiva, em sentido estratégico, para reduzir as possibilidades de tais ameaças surgirem. Tais regimes condensam significações situadas em temporalidades diferentes. A sua historicidade pode ser investigada com a perspectiva das durações históricas proposta por Fernand Braudel, que identifica um tempo longo − o das estruturas −, um tempo médio − o das conjunturas − e um tempo breve − o da história imediata. Naturalmente, será preciso adaptar o modelo às durações de sociedades capitalistas hipertardias, periféricas e dependentes. A implantação de tais regimes pode ser datada com certa precisão em seu início, mas as vertentes político-ideológicas que os produziram e nortearam, não. A sua dinâmica contrarrevolucionária esteve associada a forças e concepções políticas enraizadas em tempos bem mais amplos do que o do regime propriamente dito. As crises que ensejam os golpes de Estado que lhes deeram início constituiram explosivos cruzamentos de fatores de longo, médio e curto prazos ligados a processos cujas datas-limites é difícil precisar: são muito anteriores à ruptura institucional e, com certeza, posteriores ao fim do regime ditatorial.
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