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EMPREGO FORMAL E EFEITOS DA CRISE ATUAL NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELÉM/PA
Welson de Sousa Cardoso Welson, Roselene de Souza Portela Roselene, Maria Elvira Rocha de Sá Maria Elvira y Maria Eliza de Almeida Vasconcelos Eliza.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A discussão proposta no presente trabalho foi extraída de uma pesquisa sobre mercado imobiliário e verticalização como expressão da segregação socioespacial no município de Belém/PA, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). A abordagem teórica assentada na teoria social crítica produzida por Marx e Engels (1998), Harvey (2011), Antunes (2008), Lessa (2011), Pochmann (2008), Santos (2011), entre outros, será tomada como guia para análise dos dados gerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (SINDUSCON/PA), buscando-se revelar os efeitos da crise atual sobre os empregos formais do setor da construção civil em Belém/PA, que se expressam pelas metamorfoses do capital, com ênfase na financeirização, e do “trabalho vivo”, entendido como “trabalho humano”, com a prevalência da precarização das condições de trabalho e da agudização de perdas de direitos trabalhistas conquistados em lutas históricas, marcadas por assassinatos seletivos de lideranças sindicais. Entre janeiro e julho de 2016, a situação de descenso no setor da construção civil no estado do Pará é demonstrada pela relação entre 29.969 trabalhadores admitidos e 37.705 demitidos, produzindo um saldo negativo de (-) 7.736 postos de trabalho e reduzindo o estoque de emprego no setor para 79.024 (Boletim Econômico SINDUSCON/PA, julho/2016). No município de Belém, o quadro é revelado pela perda de 15.605 postos de trabalho em 2014 em relação à 2013, (-17,42%), reduzindo para 25.685 empregos formais em 2014. O segmento da construção civil como componente da indústria brasileira expressa forte inflexão no ciclo da economia iniciada em 2014 e continuada em 2015/2016, cujos reflexos na dinâmica econômica do setor imobiliário são de difícil previsibilidade no curto prazo. Assim, é necessário acompanhar os movimentos, na atual conjuntura política após o “golpe parlamentar-jurídico-midiático” (31.08.2016), dos poderes constituídos brasileiros (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas diferentes esferas de governo, e o comportamento da economia resultante de múltiplos fatores propagados, entre outros, pelos altos índices da inflação, pelo desemprego em ascensão, pelo aumento dos juros, pela restrição ao crédito, pelo desequilíbrio na flutuação do câmbio, desencadeando queda na produção industrial, em especial na construção civil, para que novas formulações analíticas sejam produzidas sobre este setor. O conhecimento gerado alimentará a definição de estratégias de resistência capazes de anunciar e construir um projeto de sociedade ancorado em valores civilizatórios do trabalho humano, dada sua infinita capacidade de (re)criação dos direitos à vida com dignidade e de luta pela emancipação hegemônica das atuais e futuras gerações de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.
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