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Estratégias de Saúde, direitos e geração de renda para sujeitos de Educação de Jovens, Adultos e Idosos do Campo
Maria da Conceição da Silva Freitas y Neuza de Farias Araújo.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O processo de alfabetização de jovens, adultos e idosos - assentados nas terras da Reforma Agrária - decorre das demandas dos movimentos sociais do campo por educação. Este trabalho é resultado de oficinas realizadas em 2013 e 2014, no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), no Projeto de alfabetização e escolarização denominado Tecendo a Cidadania no Campo (Tecicampo). A condição de assentados é determinada pela atividade rural para geração de renda, e, portanto, implica na necessidade de ter acesso ao conhecimento de variados arranjos produtivos locais. Nas oficinas, com recorte de gênero e enfoque nas diferenças, discutiu-se e articulou-se estratégias de empoderamento dos educandos em relação à saúde, direitos e cidadania de forma integrada. No “Encontro de trocas de experiências no campo da saúde” abordou-se o perfil de terceira idade e as suas demandas específicas para homens e mulheres: aposentadoria, saúde da mulher – envelhecimento, menopausa – relação com o posto de saúde; andropausa– próstata, machismo etc. Os homens expressam seus sintomas com mais dificuldades. As mulheres, apesar da precariedade, tem mais acesso às instituições de saúde devido ao parto, vacinação infantil no posto e outras questões da saúde feminina. A estratégia permitiu um diálogo entre as famílias que falaram sobre as dificuldades vivenciadas para manter a saúde e práticas usadas antes de buscar assistência médica. Posteriormente, uma professora que um senhor procurou o posto de saúde e submeteu-se a uma cirurgia de próstata. Continuou os estudos e agradeceu a informação dada na oficina. Realizamos duas oficinas em datas e lugares diferentes e distantes: “Direitos do (a) trabalhador (a) rural” em parceria com instituições: Instituto Nacional de Seguridade Social, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal; sobre:reforma agrária, habitação, acesso ao crédito rural, aposentadoria, benefícios, auxílio maternidade, cadastro especial para os trabalhadores rurais, assistência técnica e associativismo. Dialogamos sobre as mudanças tecnológicas e seus impactos na agricultura e na vida dos camponeses; os obstáculos ao diálogo intergeracional. Conhecimentos sobre as fases da lua e seus impactos na plantação já não convencem os mais jovens. Tratamos sobre a divisão do trabalho doméstico e o entendimento das empresas sobre as questões de gênero, pois algumas já introduzem políticas específicas para as mulheres rurais: documentação e destinação de linhas de assistência técnica. Na oficina “Geração de Renda e Sustentabilidade” capacitamos os sujeitos do campo para buscar soluções para seus problemas e participar de forma solidária dos processos de gestão individuais e coletivas com abordagens ambientais contextualizadas e sustentáveis. Trabalhamos o enfoque de gênero como possibilidade de participação equitativa na organização e gestão do assentamento. Os participantes destacaram o papel conciliador das mulheres dentro do assentamento principalmente quando há ameaças externas. Um ponto de destaque é o interesse da comunidade em ficar no campo e dele poder tirar o seu sustento, sem a necessidade ir buscar emprego “lá fora”. Mas para isso é preciso superar algumas dificuldades de recursos básicos e a recuperação da voz ao camponês.
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