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Depois do acesso: os jovens brasileiros egressos do Prouni
Camila Scherdien y Sidinei Rocha de Oliveira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Historicamente, a universidade brasileira foi configurada como um espaço de formação elitista e excludente, destinado às classes média e alta, as quais compõem o grupo social dominante. Entretanto, o Brasil, nos últimos 20 anos, tem passado por um momento de expansão e diversificação do acesso ao ensino superior, seja por meio do aumento no número de instituições públicas e em seu número de vagas, seja por meio de políticas públicas que financiaram a ampliação do setor privado de ensino superior, hoje responsável por mais de 80% das matrículas de ingressantes em cursos no país (BRASIL, 2014). Essa ampliação no acesso à formação universitária possibilitou que um grupo, antes pouco expressivo nesse espaço de formação, passasse a compor o quadro de alunos das universidades brasileiras. Esse grupo se caracteriza por sua origem social e de classe, sendo considerado, a partir de critérios econômicos, pertencente à base da pirâmide social brasileira. No caso da política pública tema desse estudo, o Programa Universidade para Todos – ProUni, os jovens inscritos nas IES privadas devem ser oriundos de escolas públicas, com limite de renda familiar per capita até 1,5 salário mínimo. Frente ao contexto de ampliação do acesso a um grupo antes à margem do espaço de formação de nível superior, nos questionamos quanto à influência dessa política pública na redução das desigualdades sociais do país, por meio de uma maior qualificação e possível melhor inserção profissional desses jovens, resultando em um aumento na mobilidade social intergeracional. Para compreendermos esse contexto e momento histórico, adotamos o olhar da sociologia disposicionalista, nos suportando teórico e metodologicamente em Lahire (2004), Souza (2010) e Bourdieu (2009), a fim de identificarmos quais são disposições de classe incorporadas por esses jovens, a partir de sua origem familiar e formação escolar, e como elas se apresentam e se relacionam com a/na entrada, permanência e conclusão do ensino superior e posterior transição para o mercado de trabalho. Para isso, realizamos entrevistas em profundidade com egressos do ProUni, as quais foram posteriormente analisadas e deram origem a retratos sociológicos dos participantes do estudo, bem como a suas disposições incorporadas. Referências: BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS: Zouk, 2009. BRASIL. Microdados Censo da Educação Superior; 2014. LAHIRE, Bernard. Retratos sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: Artmed, 2004. SOUZA, Jessé. Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
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