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O Ensino Politécnico no Rio Grande do Sul: entre a utopia e a realidade
Andréa Ana Do Nascimento.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A Constituição brasileira de 1988 veio regular a educação distribuindo a responsabilidade entre municípios, estados e governo federal. Todavia, somente na década de 90, se iniciam reformas mais concretas na legislação educacional brasileira que pouco a pouco vão se consolidando em políticas educacionais. No Rio Grande do Sul, a mudança mais evidente se concretizou com a implantação do Ensino Politécnico nas escolas estaduais de Ensino Médio a partir de 2012. Essa proposta de funcionamento do Ensino Médio prevê a articulação do ensino com a realidade social, cultural e comunitária do aluno e sua vinculação com o “mundo do trabalho”. As atividades do Ensino Politécnico gaúcho também estipulam o funcionamento interdisciplinar organizando as disciplinas por áreas de conhecimento, que a partir de então, devem fazer atividades coordenadas e avaliar os alunos coletivamente, através da avaliação emancipatória. Para concretizar as atividades de pesquisa e preparação para o “mundo do trabalho”, criou-se a disciplina de Seminário Integrado cujo objetivo seria inserir o aluno no universo da pesquisa e do trabalho conjugando ambas atividades com a realidade do estudante. Apesar de inovadora a proposta vem enfrentando dificuldades de implantação nos moldes em que foi idealizada. O primeiro desafio é conceitual e refere-se ao conceito de “mundo do trabalho”, que opõe dois grupos - um deles ressalta que a ideia de “mundo do trabalho” se relaciona com o modelo neoliberal de trabalho que buscar qualificar mão de obra barata e com conhecimentos instrumentais para o mercado de trabalho -o outro grupo evoca as teorias de Gramsci e Marx acentuando que o trabalho deve ser o princípio educativo que garantirá ao aluno o reconhecimento de sua condição social ou de classe e que propiciará a emancipação deste. Para além dos aspectos conceituais, existem problemas estruturais. Como trabalhar de forma interdisciplinar se a maioria dos professores tem muitas turmas e tem que cumprir cargas em duas ou mais escolas? Como avaliar o aluno de forma coletiva se os professores não conhecem bem seus alunos, em alguns casos, chegando a ter 24 turmas com uma média de 40 alunos cada? Como trabalhar com pesquisa se as escolas não possuem equipamentos de informática, Internet e nem recursos para saídas de campo? Como trabalhar com esses equipamentos (quando eles existem) se alguns professores não conseguem dominar essas tecnologias? Como fazer os professores aderirem a nova proposta de ensino quando as questões relacionadas a carga horária e salário não são atendidas? Esses são apenas alguns dos desafios enfrentados pelo Ensino Politécnico no Rio Grande do Sul. Palavras – chave: democracia, educação e ensino politécnico.
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