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Pepe Mujica -“La austeridad es lucha por la libertad”: A heterodoxia do presidente “mais pobre do mundo” frente à doxa do consumo global. Carácter de la ponencia: avance de investigación en curso
Daiane Carnelos Resende y Luiz Demétrio Janz Laibida.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Falar de Pepe Mujica é fazer referência a um dos maiores líderes políticos da atualidade. O alcance planetário da figura de Mujica tem gerado muitas controvérsias, em especial, por sua opção de escolher uma “vida simples”, mesmo ocupando a presidência do Uruguai. Desde que assumiu o poder em 2010, Mujica tornou-se alvo da imprensa internacional, principalmente por ter sido um ex-guerrilheiro que chega ao governo pelo viés democrático e também a forma de viver da maneira “sustentável”, mesmo estando inserido numa estrutura de consumo globalizado. Este trabalho tem a intencionalidade de demonstrar um pouco da trajetória de Pepe Mujica, explicando a importância da austeridade como forma de liberdade, ou seja, em um mundo envolto pela lógica do consumo, como um agente pode fazer a opção de um estilo de vida simples, como forma de expressar a liberdade, de não se sentir escravizado pelo “ter”, bem como desconstruindo as amarras impostas pelo trabalho desgastante e opressor da atualidade. Também se pretende demonstrar como algumas políticas públicas implementadas no Uruguai por Mujica, deram certo e garantiram aos uruguaios maior liberdade de escolha como: legalização do aborto e da maconha, entre outras. Para tanto, como metodologia, serão utilizadas as pesquisas teórico-bibliográficas e também será realizado um mapeamento qualitativo referenciando a trajetória do agente político em questão. Para a consecução deste trabalho serão utilizados alguns insights teóricos sobre trajetória, habitus, campo político, capitais, poder simbólico entre outros do mote Bourdieusiano que são fundamentais para analisar a atuação de Mujica dentro do campo político e a sua “distinção” para com os demais presidentes. Para delinear a doxa relacionada ao consumo global nuances da teoria de Boaventura de Sousa Santos (2002), no que referencia o processo polissêmico de globalização, que “transforma os cidadãos em consumidores” será de grande valia para um entendimento mais consubstanciado de alguns ditames econômicos vigentes. E no que se refere a uma práxis disseminada por Mujica a da politização do consumo, será feita uma discussão com as teorias de Néstor García Canclini (1995), principalmente no incentivo do rompimento do hábito do consumo televisivo, Michel Foucault com a noção de função-autor e Pêcheux para entender o processo de heroicização de Mujica pela mídia. Segundo Pierre Bourdieu(1996) a doxa seria o que é tido como socialmente garantido ou "natural" no campo, ou seja, as representações dominantes dentro do campo. Há também a heterodoxia, isto é, do questionamento e da desnaturalização da doxa pelo surgimento de uma doxa alternativa, e investigando a existência de uma ortodoxia, uma reação à heterodoxia, uma estratégia acionada pelas forças dominantes em um campo no sentido de cristalizar uma doxa. Palavras-Chave: Austeridade, Consumo, Heroicização, Políticas Públicas.
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