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A sustentabilidade dos povos da terra e os desafios impostos pelos conflitos epistemológicos e políticos
Rafael Braz y Camila Prates.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este trabalho pretende analisar os processos subjacentes à reprodução social de populações tradicionais diante da implementação de grandes empreendimentos de infraestrutura, especialmente as hidrelétricas. Neste caso, serão analisados os conflitos socioambientais resultantes de tais fenômenos em duas dimensões distintas: o conflito onto-epistemológico e os conflitos sociopolíticos promovidos pelas mudanças de vida e de território de populações tradicionais. Este trabalho se situa em um espaço de críticas e de possibilidades perante a recente abordagem teórica de Enrique Leff (2016), intitulada“Aposta pela Vida”. Mais especificamente, busca-se tecer um panorama a partir daquilo que o autor intitula de “sustentabilidade dos povos da terra”. Para tanto, o objeto empírico que será apreciado por esta lente epistêmica é a aldeia indígena Muratu, situada na Terra Indígena Paquiçamba, na Volta Grande do Xingu, Pará.Essa aldeia está no raio de influência direta dos efeitos da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHEBM). A primeira frente analítica pretende analisar os conflitos ontológicos e epistemológicos entre diferentes saberes, práticas sociais e concepções de vida (da população tradicional e dos gestores públicos e seu respectivo conhecimento tecnocientífico, que se materializa nos relatórios e estudos de impactos ambientais, por exemplo). O segundo momento da análise orienta-se aos conflitos resultantes das mudanças sociaispelas quais os indígenas daquela aldeiavivenciam (luta por demarcação de terra, por reconhecimento dos impactos, alteração do nível da água na Volta Grande, a transformação da biodiversidade local, e alteração do regime de pesca, entre outros). Ao final deste trabalho problematiza-se o alcance das incursões de Leff (2016) sobre asustentabilidade dos povos da terra ao relacioná-lacom a percepção que os indígenas têm de suas novascondições de vida; ou ainda,de sua “sobrevivência” após a construção do empreendimento hidrelétrico. Portanto, aqueles conflitos podem ser considerados como fenômenos impeditivos, ou aspectos “insustentáveis”, aos modelos de sustentabilidade dos povos da terra.
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