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La transmisión intergeneracional del patrimonio inmaterial
Javier Lifschitz y Claudia Lora.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Toda cultura tem formas próprias de transmissão, através da oralidade, a escrita ou a corporalidade. Entretanto, a transmissão de conteúdos rituais também estão sujeitos a variantes, seleções, esquecimentos, substituições que acabam incidindo nos conteúdos, nas formas de transmissão. Os trabalhos de Margareth Mead continuam sendo sugestivos nesse sentido. Com base em seus estudos de campo em Nova Guine, e em outros povos, chegava à conclusão que também mudava o lugar que cada geração ocupava nos processos de transmissão. Distinguia assim três tipos de mecanismos de transmissão de saberes entre gerações: a postfigurativa, na qual as crianças aprendiam primordialmente dos adultos; a configurativa, em que tanto as crianças como os adultos aprendem de seus pares, e a prefigurativa, em que os adultos aprendem das crianças. Esse último, estava se tornando o modelo dominante de transmissão e segundo a autora parecia ser chave para a compreensão da revolta juvenil e a ruptura geracional que se estava vivendo na década de sessenta. P Porém, a atora levantava uma questão que tem muito a ver com nosso campo de pesquisa: o tema da transmissão da cultura em situações de mudança. Na perspectiva de Mead tratava-se principalmente de mudanças tecnológicas e de expectativas, o que também não deixa de ser importante no Brasil atual, mas em nosso caso há todo um contexto especifico de políticas públicas de patrimonialização de culturas locais cujos efeitos sobre a dinâmica da transmissão pretendamos abordamos neste artigo. Desde a década de noventa se difundiu amplamente no país políticas de patrimônio imaterial que incidiram sobre a formação e dinâmica de grupos de cultura popular. Observamos isso no caso do Recôncavo Baiano, onde, após o reconhecimento por parte da UNESCO do Samba de Roda como “bem cultural da humanidade”, se consolidaram muitos grupos de Samba de Roda, dentre eles grupos mirins. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2013 a 2016 e envolveu diversos municípios do recôncavo baiano, principalmente Saubara, Acupe, Santo Amaro e Santiago de Iguape. Neste artigo apresentamos os resultados da pesquisa sobre os processos de transmissão em três grupos mirins: o grupo Samba Mirim da Vovó Sinhá, o Grupo Juventude de Saubara e o Grupo Mirim de Acupe. Mostramos ao longo do trabalho como nesses grupos se consolidaram formas de transmissão diferentes, da dança e música, e em grande parte sobredeterminadas pelas políticas de patrimônio imaterial.
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