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Migração para a Amazônia: uma revisão da literatura dos anos 50 aos anos 2000, e um pouco mais
Maria José Da Silva Aquino Teisserenc y Pedro Silveira Pereira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Neste trabalho analisa-se parte da literatura relativa à constituição das sociedades na Amazônia brasileira que, no período da redemocratização, da segunda metade dos anos de 1980, ganha, em um contexto de ambientalização, projeção através dos movimentos e das conquistas sociais e ambientais. O objetivo é identificar como os autores dialogam entre si e tratam do tema da mobilidade das populações e seus vínculos à economia da borracha. No cerne destas contribuições sócio-antropológicas, observa-se o lugar ocupado pela mobilidade de populações do Nordeste para a Amazônia (e dentro desta) iniciadas na segunda metade do século XIX, indo até meados do século XX. Nesse sentido, serão destacados como são referidas e sob quais perspectivas são analisadas essas dinâmicas e suas relações com a formação, desenvolvimento e permanência da concentração de poder econômico e político (RIBEIRO, [1995] 2006; WEINSTEIN, 1995), assim como as resistências e “re-existências” (PORTO GONÇALVES, 2005) relacionadas a processos socioterritoriais recentes como a criação e gestão de Reservas Extrativistas. A categoria da migração, tomada aqui como unidade de discurso sócio-antropológico, é identificada em três momentos; de inicio, em um contexto modernista-integracionista (TOCANTINS, 1982), seguido do nacional-desenvolvimentista e, por último, no contexto de ambientalização inaugurado nas duas últimas décadas do século XX (NUGENT, 2006; HARRIS, 2006; ADAMS, MURTEIRA, NEVES, 2006). Dessa forma, os resultados até aqui obtidos apontam que na relação entre as dinâmicas migratórias e a conformação de uma diversidade de experiências sociais na Amazônia, papel importante é atribuído a afluência ao território amazônico de mais de meio milhão de sertanejos da região nordeste brasileira, em decorrência da grave crise hídrica eclodida no ano de 1877 e das condições de existência pauperizadas dos sertões dos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí. Essa realidade tem sido tratada como parte integrante de empreendimentos econômicos de características “neocoloniais” de suprimento de mão-de-obra para o sistema extrativista de produção da borracha, e, dessa maneira, tiveram relevância significativa na composição de uma população urbana, mas principalmente rural; também denominada de populações caboclas. Ancorado no seringal e na extração do látex, base de uma economia, de caráter essencialmente exportador, esse sistema e seus desdobramentos estruturais apresentam-se como antecedentes históricos primordiais ao entendimento da constituição sociocultural das chamadas populações tradicionais, parte delas hoje implicadas em dinâmicas territoriais nas quais incidem Reservas Extrativistas, um tipo de Unidade de Conservação, instrumento de enfrentamento a lógicas sociais e econômicas negadoras da existência de populações, constituídas pelo encontro de povos diferenciados, sujeitos de direitos, e das exigências ambientais. Palavras-chave: Migrações; Populações tradicionais; Sociedades caboclas; Amazônia; Ambientalização; Resex
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