Questões éticas permeiam o cotidiano das pessoas e já eram discutidas por filósofos como Platão, Aristóteles e Sócrates. Tais questões como definições e práticas que eram debatidas naquela época, na área da filosofia, ainda permanecem em discussão, apesar dos variados estudos teóricos e empíricos que foram desenvolvidos sobre esta temática. Por envolver características e percepções dos seres humanos à ética, gera interesse em diversas áreas como a sociologia, psicologia, marketing, turismo entre outras. A temática ética ganhou ênfase na esfera gerencial, no entendimento de que melhores condutas éticas gerariam maiores lucros empresariais. Porém, após os anos 1980 abordagens visando benefícios a nível social passaram a ganhar importância, respaldando outras áreas do conhecimento como o Turismo. Esta área apresenta forte relação com a sociedade por envolver diversos tipos de trocas, sejam elas de informações, ideias, produtos, serviços etc., e constituir uma atividade economicamente relevante. Tendo por base estes entendimentos o objetivo deste trabalho foi buscar analisar a ética na perspectiva dos gestores do setor turístico na cidade de Aracjau/SE Brasil. Para tal houve o desenvolvimento de uma escala de intensidade moral com base no modelo teórico proposto por Jones (1991). O construto intensidade moral faz parte da Teoria da Intensidade Moral de Jones (1991), que está fundamentada em seis componentes principais, sendo eles: magnitude das consequências, consenso social, probabilidade de efeito, imediatismo temporal, proximidade e concentração do efeito. Para a contextualização dos dilemas éticos fez-se uso da construção de cenários que permite que o entrevistado esteja diante de uma situação de contexto ético em que tem de tomar um posicionamento. A elaboração dos itens da escala, teve como referência diversas pesquisas de ética que estudaram o construto intensidade moral, como as que seguem: Singhapakdi, Vitell e Kraft (1996), Marshall e Dewe (1997), Frey (2000), Paolillo e Vitell (2002), May e Pauli (2002), Kini, Ramakrishana e Vijayaraman (2004), Marta e Singhapakdi (2005), McMahon e Harvey (2006), Vitell e Patwardhan (2008), Sweeney e Costello (2009) e Carlson, Kacmar e Wadsworth (2009). Para a realização da pesquisa foram entrevistados 31 gestores como base em um enfoque quantitativo, com uma amostragem por conveniência e acessibilidade. Entre os principais resultados observados, a pesquisa indicou que os gestores apresentaram uma maior sensibilidade ética em contextos envolvendo dilemas sociais. Posicionamentos éticos também ocorreram no cenário de contexto econômico, porém já para o cenário de dilema ambiental, os gestores apresentaram uma predisposição de ficarem próximos ao ponto intermediário da escala, não havendo, assim, um resultado conclusivo sobre o seu ponto de vista ético para o dilema ambiental.