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Capitalismo dependente e ensino superior: Um estudo sobre as políticas de ensino superior brasileiras
Taise Cristina G C De Negreiros.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este artigo tem por objetivo analisar a dependência econômica estrutural dos países latino-americanos em relação aos países centrais e como esta repercute na promoção e formulação de políticas sociais nestes países, de modo mais específico as políticas voltadas ao ensino superior. Compreendemos que países como o Brasil assumem uma posição peculiar na divisão internacional do trabalho a qual irá repercutir na forma como estes países irão desenvolver suas políticas internas. Em relação às políticas voltadas ao ensino de nível superior, observamos que estas foram pensadas, majoritariamente, a partir dos modelos de educação europeia e norte americano que muitas vezes revelam a incongruência entre esses modelos e a necessidade que realidade local impõe. Consideramos que esta tendência não foi superada, e podemos observar as recentes influências externas para a política de ensino superior através das orientações da comunidade europeia para os países latino-americanos a partir dos anos 2000 e as reformas do ensino superior brasileiro erigidas desde esse mesmo período, as quais tiveram por experiência norteadora o Processo de Bolonha que foi responsável pelas reformas no âmbito do ensino superior europeu. À guisa de definição metodológica, definimos como lócus de pesquisa a peculiaridade da formação sócio histórica da realidade brasileira. Trazemos como principal questão norteadora a análise de como a peculiaridade da formação social, econômica e política do Brasil, marcada pela dependência histórica e estrutural em relação aos países centrais, repercutem na formulação e organização de políticas voltadas ao ensino superior no país. Para o desenvolvimento deste estudo, realizamos pesquisa bibliográfica e documental, na qual analisamos os estudos de autores sobre a realidade brasileira, como Marini (2011) e Fernandes (2012), e sobre o processo de consolidação do ensino superior no país. A partir das análises e reflexões tecidas, concluímos que as reformas promovidas ao longo da recente trajetória do ensino superior brasileiro tiveram por objetivo principal readequar as instituições universitárias às novas demandas do mercado nacional e internacional, de modo a garantir a manutenção do status quo e o predomínio dos estratos sociais dominantes nas estruturas de poder e comando. Mesmo em um período em que estas reformas tiveram um caráter mais “democrático”, mediante expansão da oportunidade de acesso da classe subalterna ao ensino de nível superior, estas não romperam com a tendência histórica de privatização e influência de capital estrangeiro no ensino superior brasileiro. Podemos considerar que este, ao longo de sua recente história, nunca se concretizou enquanto direito social, mas sim como privilégio das classes dominantes brasileiras e internacionais. Palavras chave: Capitalismo Dependente; Ensino Superior; Política Educacional.
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