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Outras juventudes, outras temporalidades e outras formas de conduzir a vida
Antonia Aleksandra Mendes Oliveira Aleksandra.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este texto é parte de uma pesquisa de doutoramento em curso e discute teoricamente algumas concepções sociológicas contemporâneas de juventudes, analisando tendências das teorias pós-críticas, como a noção de “juventude-signo”, e teorias da segunda modernidade, tratando das descontinuidades e crises da linearidade das transições juvenis nos moldes tradicionais, e as diversas maneiras de socializações que os jovens experimentam hoje (GROPPO, 2015). Dentro do espectro temporal cada vez mais fluido discute-se: como os indivíduos se articulam com a noção de tempo presente e futuro, os desdobramentos de suas práticas sociais, como lidam com as (des)igualdade de oportunidades e os campo de possibilidades que se lhes apresentam, observando quais os repertórios de estratégias para manejar seus anseios, necessidades, propósitos e projetos de vida (SHUTZ, 2012; VELHO, 1997). Leccardi (2005) defende a construção de um futuro sem projeto, desencadeada pela capacidade de aceitar a fragmentação e a incerteza do ambiente como um dado não eliminável, que deve ser transformado em recurso graças a um exercício constante de consciência e reflexividade. Esta estratégia temporal está presente nos jovens ricos em recursos, enquanto que, para os jovens sem recursos sociais e culturais o futuro aparece fora do controle, dando lugar a um presente sem deslumbramento. A aceleração social mais acirra as desigualdades e torna-se fonte de exclusão social. O esgotamento ou o amortecimento da ideia de projeto em longo prazo é colocado em xeque e entram em cena os projetos de curto ou curtíssimo prazo, reivindicando novas perspectivas de projetar. Os jovens abastados podem abraçar o desconhecido e agarrar o instante, vistos como “oportunidades” que enriquecem e geram satisfação. Os riscos não têm a mesma conotação quando se possui uma reserva ou uma retaguarda que apoie e ampare caso o resultado não seja o esperado. Ter o plano B, ou ter para onde voltar, ou a quem recorrer fazem deste investidor do futuro alguém com uma margem de vantagem frente àqueles que só têm a si próprios. O sentido do risco tem outro significado para quem tem subsídios. É bem diferente dos que têm apenas a única cartada a dar no caminho incerto frente ao futuro nebuloso que se insurge na atualidade. O pertencimento social dos indivíduos possibilitará uma relação mais ou menos estreita, restrita ou confortável com o tempo e seus projetos de vida (MENDOLA, 2005). Por necessidade, por escolha ou por contingência os novos tempos exigem uma capacidade de adaptação, flexibilidade e reinvenção dos atores sociais. E os jovens estão na ponta da lança para experimentarem esta aventura de uma temporalidade multifacetada.
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