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O sequestro da subjetividade e a despersonalização do indivíduo nos trabalhadores de um banco comercial
Ana Paula Gonçalves Doro, Victor Cláudio Paradela Ferreira, Aretha Henrique M. Salomão y Vanessa De Castro Mendes.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este trabalho aborda o chamado “sequestro da subjetividade”, uma das características dos atuais arranjos produtivos que têm contribuído para a precarização do trabalho. Enfoca especificamente o caso de um banco comercial brasileiro, destacando os impactos que a forte pressão por metas produtivas tem gerado sobre os trabalhadores, envolvendo manipulações e renúncia de valores pessoais. A subjetividade pode ser entendida como a maneira como o sujeito cria e percebe a realidade, associando um conjunto de atividades psíquicas, emocionais e afetivas do sujeito individual ou coletivo que formam a sustentação de seus valores, interpretações, atitudes e ações. Seu sequestro consiste em fazer com que o sujeito não se perceba abusado, identificando-se com o seu sequestrador (no caso, a organização) e julgando-se como parte do capital. Como suporte teórico, foram selecionadas referências que discutem a manipulação da subjetividade como fator de a exploração do trabalhador no modo de produção capitalista. Estudos revelam que esse processo desempenha um papel fundamental no funcionamento do capitalismo e atua com base em dois movimentos: sujeição social e servidão maquínica. A sujeição é o processo por meio do qual é atribuída uma identidade, um gênero, um corpo ao indivíduo. Já a servidão maquínica opera na dessubjetivação, pela qual o sujeito é reduzido a uma mera engrenagem, uma peça de um sistema. Esses dois movimentos, apesar de aparentemente contraditórios, atuam conjuntamente no modelo capitalista. Os processos de precarização do trabalho, como o sequestro da subjetividade, estão inseridos em um contexto de forte pressão pelo aumento da lucratividade das empresas, o qual, em geral, se traduz em metas produtivas cada vez mais elevadas para seus empregados. Na chamada sociedade do conhecimento, os discursos organizacionais costumam enfatizar a importância da qualidade de vida no trabalho como fonte de vantagem competitiva, ao criar condições favoráveis para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de inovação. A adoção de metas abusivas e a exigência de sujeição a práticas contrárias aos princípios dos trabalhadores atuam, porém, na direção contrária, causando a redução do entusiasmo com o trabalho desempenhado. Para alcançar esse propósito, o trabalho é desenvolvido sob a forma de uma pesquisa qualitativa, abrangendo entrevistas semiestruturadas, divididas em duas etapas. A primeira envolve a discussão sobre atitudes e posturas que as pessoas mais prezam, em comparação com aquelas estimuladas pela organização. Já a segunda, consiste em perguntas sobre a percepção do ambiente de trabalho e a ocorrência de indução de comportamentos indesejados, verificando os impactos que tais situações geram sobre o seu bem estar e sua relação com o trabalho.
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