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Baía de Sepetiba hoje: a possível Baía de Guanabara do amanhã
Silvio Cesar Alves Rodrigues y Marcelo Bessa De Freitas.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A Baía de Sepetiba no estado do Rio de Janeiro, pródiga em atributos naturais, ao longo do tempo atraiu pessoas que desenvolveram atividades artesanais e amalgamaram territorialidades. No final da década de 1950, esse ambiente fluviomarinho começa a ser imolado pela chegada de plantas fabris. A instalação e operação dessas estruturas produtivas além de prejuízos a paisagem, contaminou trechos do estuário com metais pesados, avigorando sua compreensão como “zona de sacrifício” (Bullard apud Acselrad, 2004, p.9). No alvorecer do XXI, o discurso da parceria público-privada (PPP) de forma arrivista se apropria do passivo para justificar a instalação de empreendimentos logísticos, portuários e industriais no território. Desde então, às expensas do erário, a Baía é submetida a transformações geomorfológicas na promoção do crescimento econômico. Embora o modelo adotado reivindique concepções hodiernas e estampe selos sustentáveis, o emprego de técnicas ultrapassadas (aterros de manguezais e desflorestamento da mata remanescente), a participação social limitada às demandas protocolares e a opacidade do processo indicam, minimamente, sua vocação anacrônica. Dessarte, sob o prisma do planejamento urbano e da história ambiental propomos identificar práticas e mentalidades no âmbito técnico, ambiental, social, econômico e político inadequadas a realidade contemporânea. Para refletir sobre a desconstrução da paisagem e da memória, e reconstrução hibrida ordenada pela decisão refratária de afirmar a rugosidade economicista em detrimento a práticas e hábitos tradicionais, a metodologia recorre: a análise dos métodos de construção de cenários futuros (Ghemawat, 2000; Godet, 2000; Porter, 1985; Schoemaker, 1991; e Schwartz, 2006); o exame dos EIA/RIMA produzidos na expansão do Porto de Itaguaí, construção do Porto Sudeste, Usiminas/Ingá, Estaleiro e Base de Submarinos da Marinha (Prosub-EBN); a conteúdos obtidos nas pesquisas “A construção compartilhada de cenários exploratórios e prospectivos entre atores envolvidos em conflitos socioambientais – o caso do passivo ambiental da Companhia Mercantil e Industrial Ingá” (Freitas et al 2009), e “Impactos de grandes empreendimentos projetados para a região da Baía de Sepetiba nas condições de vida e situação de saúde dos trabalhadores da pesca das Colônias de Pedra de Guaratiba (Z-14), Sepetiba (Z-15) e Itacuruçá (Z16)” (Freitas et al 2013). Essa leitura transversal permite verificar, para além da produção de efeitos negativos e ameaças aos valores ambientais, sociais e culturais, mesmo considerando as compensações previstas a mitigação, os impactos produzidos assinarem procedimentos em discordância com o tempo presente. Do mesmo modo, identificar a efervescência de interesses, cumplicidades e permissividades na incorporação e privatização do território com objetivo de intensificar seu uso na defesa de pretensos vetores econômicos. Como resultado, apontar o anacronismo do planejamento que cerca o ambiente de muros simbólicos/concretos, projetanto reeditar uma espécie de “enclosure” no século XXI, e o reduz a hidrovia e parque industrial.
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