No mundo atual temos o surgimento de novas demandas sociais de reconhecimento, novas formas de fazer política, criando alternativas de manifestações identitárias. Nesse ensaio pretendemos discutir uma possível conexão entre a teoria queer e demandas políticas, a partir da análise exploratória de um caso. O caso em questão é a performance da transexual Viviany Beleboni, na 19ª parada gay de São Paulo, em 2015, que em um dos carros alegóricos, representou a crucificação de Jesus Cristo, fazendo alusão à realidade violenta a que se sujeita a comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) brasileira. Propomo-nos a realizar leitura semiótica das imagens que circularam nos meios de comunicação de massa dessa performance evidenciando a apropriação de referências religiosas católicas para promover a reflexão sobre a violência imputada a essa comunidade.