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Desobediência civil, desobediência epistêmica e geopolíticas do conhecimento: ferramentas metodológicas para a leitura da educação do campo no Brasil
Denise Xavier Torres y Janssen Felipe Da Silva.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Resumo: o presente texto tem por objetivo apresentar conceitos-chave que subsidiam a leitura acerca da Educação do Campo no Brasil sob a ótica dos Estudos Pós-Coloniais, bem como apresentar o trato metodológico dado a uma pesquisa que se utilizou desta abordagem. Nessa direção, apresentamos a trajetória de lutas dos povos campesinos por processos de escolarização formal que atendessem as suas especificidades e diferenças, rompendo com a lógica de homogeneização, silenciamento e exclusão social e epistêmica. A Desobediência Civil e a Desobediência Epistêmica (MIGNOLO, 2008) se tornam processos fundantes a compreensão do tipo de educação reivindicado pelos coletivos campesinos, que ao romperem com a ego-corpo e geopolítica do conhecimento (GROSFOGUEL, 2010) dominante, colocam em evidência as formas excludentes de que se utilizam as políticas educacionais no Brasil, principalmente quanto a oferta de educação escolarizada aos povos do campo. A essas denúncias soma-se a propositura de pensar outras formas de produzir conhecimento sobre e no campo, tendo como sujeitos enunciadores esses/essas homens e mulheres campesinos/as. Essa postura tece uma crítica direta aos modelos metodológicos de produção, validação e circulação do conhecimento científico, que durante muito tempo se pretendeu universal e neutro, negando epistemologias e legitimando os lugares, os sujeitos e os grupos sociais capazes de produzi-lo. Assim, para a leitura da Educação do Campo a partir dos Estudos Pós-Coloniais torna-se imprescindível colocar em evidência a corpo-ego e geopolítica do conhecimento que silenciou e negou as epistemologias gestadas nos territórios campesinos, bem como ocultou e subalternizou os sujeitos que produzem suas cosmovisões nesses territórios numa profunda relação de complementaridade. Essa postura reivindicatória gestou os processos de Desobediência Civil e de Desobediência Epistêmica, provocando rachaduras palpáveis no campo das políticas educacionais, sobretudo, através de uma legislação especifica para a Educação do Campo. Por fim, este texto descreve como esses conceitos-chave direcionaram a organização teórico metodológica de uma pesquisa de mestrado concluída, apontando como os sujeitos, o território e o conhecimento são tratados a partir da abordagem teórico-metodológica dos Estudos Pós-Coloniais. Palavras-chave: Estudos Pós-Coloniais. Educação do Campo. Metodologia de Pesquisa.
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