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A atuação das organizações de luta armada durante a ditadura brasileira (1968-1973): um olhar a partir de Pernambuco
Maicon Mauricio Vasconcelos Ferreira.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O significado e a atuação dos grupos de esquerda armada no estado de Pernambuco (Brasil) durante a ditadura brasileira, de sua gênese a sua desintegração, perfazendo o período de 1968 a 1973, valendo-se para tanto da análise das organizações que operaram no estado, a saber: Aliança Libertadora Nacional (ALN), Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Partido Comunista Revolucionário (PCR), Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR - Palmares) e a Frente de Libertação do Nordeste (FLNe). Este é fundamentalmente o tema de minha pesquisa de doutorado em andamento. O recorte cronológico (1968-1973) justifica-se por compreender o período de realização das atividades da Esquerda Armada no estado. O Estado brasileiro tentou durante muitos anos “apagar” os rastros do passado recente sobre o que foi a última ditadura brasileira (1964-1985), inclusive sem sequer nominá-la como tal e, por conseguinte, impossibilitando uma elaboração do passado e a “redenção” dos vencidos da História, tarefa tão cara ao Historiador na visão filosofo e crítico alemão Walter Benjamin o historiador tem a tarefa revolucionária de cumprir um papel messiânico de salvação. Não do futuro, mas sim do passado. Instaurando o tempo do agora (jetztzeit), na certeza de que a história é matéria de uma edificação onde o tempo não é homogêneo e vazio; contrariamente está impregnado de “agoras” e traz consigo apelos incógnitos do passado, e estes apelos não podem, nem devem ser recusados, adversamente, devem sim, ser canalizadores para que desempenhem a tarefa fundamental de escovar a História a contrapelo. Num modus operandi crítico, que se mune como principal ferramenta do materialismo histórico, cujo cânone essencial é a atualização e não o progresso. Porquanto, o historiador teria o dever de não portar-se como um legista cadavérico da história, como fazia a corrente positivista. Assim, pois -valendo-me de processos judiciais, fontes orais e jornais de principal circulação da época -, para analisar o processo sócio-histórico da Luta Armada em Pernambuco, ao passo que tento reconstruir, a partir dos comportamentos dos membros dos grupos da esquerda armada, sua identidade social compartida e o funcionamento das modalidades de agregação e desagregação social no período de 1968 a 1973, mobilizarei categorias analíticas da História vista de baixo (Christopher Hill, Edward Thompson, Walter Benjamim, etc), entrecruzadas com as da micro-história, por se salientarem não antagônicas, mas, contrariamente, complementares. Como disse Edoardo Grendi, um de seus protagonistas e fundadores, a micro-análise histórica representou uma espécie de "via italiana" para uma história social mais elaborada e mais bem fundamentada teoricamente, seria, no fundo o velho sonho de uma história total, mas desta vez construída a partir de baixo. Também utilizamos as contribuições da teoria de ação coletiva de Charles Tilly, um dos representantes da sociologia histórica.
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