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Da grife de luxo ao fast fashion: Uma análise das estratégias de produção de coleções colaborativas
Bárbara Venturini Abile.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A presente pesquisa de mestrado ainda está em desenvolvimento, e possui como ponto de partida parcerias realizadas entre grifes de luxo e fast fashions na realização de coleções de roupas. Focaremos na esfera de produção dessas coleções, cujas peças possuem o desenho e a assinatura da grife, mas são produzidas e vendidas por fast fashions. Considera-se que o encontro entre fast fashions e grifes de luxo na produção de coleções de roupas seja um fenômeno tão recente quanto improvável. Recente pois surge em um contexto de globalização, em um cenário de grandes conglomerados controlando marcas de moda, e de des e relocalização da produção de roupas. Improvável uma vez que o antagonismo entre grifes de luxo e fast fashions é enfatizado pelo próprio campo da moda. Supõe-se que essas duas partes se situam dentro de uma hierarquia do campo onde, devido aos seus modos de produção, venda e difusão, a fast fashion com sua produção massificada ocupa uma posição inferior, enquanto a grife de luxo, de produção mais exclusiva, ocupa uma posição superior. Dada essa suposição e o discurso, amplamente divulgado como "democratização da moda", de que as parcerias possibilitam um maior acesso à grifes de luxo por parte das camadas populares, investigaremos como uma marca de alto capital simbólico no campo, a grife, adequa seu conceito para a venda de produtos com sua assinatura em fast fashions, e o que motiva essa parceria. Os avanços da pesquisa e as informações retiradas de entrevistas indicam a hipótese de que as colaborações provocam um reposicionamento da grife e da fast fashion no campo da moda, e está intimamente relacionada à emersão de novos discursos, gostos e crenças. Para trabalharmos com essa hipótese, estudaremos as parcerias realizadas com a fast fashion sueca H&M e a fast fashion brasileira Riachuelo. A escolha por essas empresas se deu principalmente pelo fato de ambas estarem cada vez mais presentes em endereços de comércio de luxo e semanas de moda, posições que até então só eram ocupados por grandes grifes. A metodologia consiste em (i) análise documental das fast fashions, grifes e suas parcerias; (ii) revisão bibliográfica, principalmente das obras de Pierre Bourdieu, a respeito da produção do gosto, das relações de dominação e poder simbólico; e (iii) realização de entrevistas com os envolvidos na produção das coleções.
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