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A Segregação Social em Gênero e Território: investigando a vulnerabilidade social à luz da rede de cidades do Brasil
Betty Rocha, Bárbara Margutti, Marco Costa, Rodrigo Luis y Carlos Pinto.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Ao longo das últimas décadas, a agenda de desenvolvimento no Brasil esteve comprometida com a proposição e implementação de um conjunto de políticas públicas voltadas ao enfrentamento das históricas desigualdades sociais que informam a formação social, cultural e política da sociedade brasileira. As desigualdades, neste sentido, assumem um caráter multidimensional e abrangente, evidenciando situações de pobreza e precariedade compreendidas como privações de capacidades básicas que expõem os indivíduos às situações de vulnerabilidade de ordens distintas e diversas. Este trabalho estabelece como ponto de partida uma análise das desigualdades sociais brasileiras através do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). O IVS tem como objetivo retratar as distintas situações de vulnerabilidade social a partir da seleção de 16 indicadores selecionados da Plataforma do Atlas do Desenvolvimento Humano (ADH), organizados em três dimensões: (i) infraestrutura urbana; (ii) capital humano; e (iii) renda e trabalho, incluindo aí a forma de inserção (formal ou não) no mundo do trabalho. Cada uma dessas dimensões reúne, por sua vez, um conjunto de variáveis obtidas nas bases dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 que refletem diferentes aspectos das condições de vida das pessoas/unidades familiares e possibilitam um refinamento metodológico expresso na criação de indicadores com periodicidades e recortes diversos que contribuem para o monitoramento, efetivação e avaliação de um conjunto de políticas públicas. Desde a sua divulgação em meados de 2014, um dos avanços metodológicos foi a desagregação por sexo dos dados do IVS, permitindo uma leitura comparada das dimensões que compõem o índice para ambos os sexos e contribuindo para reflexões sobre as desigualdades de gênero no Brasil. O propósito deste trabalho é apresentar uma análise sobre o comportamento do IVS e suas dimensões por sexo, segundo as Regiões de Influência das Cidades (REGIC), (IBGE, 2008), classificadas em cinco grandes níveis, a saber: (a) metrópoles, representadas pelos 12 principais centros urbanos do país; (b) capitais regionais, constituídas 70 grandes cidades que têm área de influência de âmbito regional; (c) centros sub-regionais, compostos por 169 cidades com atividades de gestão menos complexas; (d) centros de zona, formados por 556 cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; e (e) centros locais, representados pelas demais 4.473 cidades, cuja centralidade e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes. Este recorte metodológico permitirá reflexões sobre a situação de vulnerabilidade social de homens e mulheres, segundo uma hierarquia de cidades, delimitadas de acordo com suas regiões de influência, lugares de produção e distribuição de bens e serviços. O desenvolvimento deste exercício analítico pretende contribuir para análises mais sensíveis e robustas sobre as distintas situações de desigualdades sociais e de gênero no país.
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