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Ditadura Militar: Fundamentos da Acumulação Financeira no Brasil
Francieli Martins Batista.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
A crise do capital ocorrido nos 1970 colocou na ordem do dia a necessidade do rearranjo do bloco histórico burguês, o que impele a condensação de um novo projeto econômico, com vistas a uma nova plataforma de acumulação de capital. O resultado destas mudanças e disputas intra-burguesas ficou evidente nos vintes anos subseqüentes: o desenvolvimento de uma política liberalizante com a desregulamentação do mercado internacional e dos movimentos de capitais, ou seja, a impostação das reformas neoliberais. A demanda, posta pelos países centrais, por uma menor regulação no comércio internacional originou-se, em grande medida, pela considerável expansão do setor financeiro e do mercado de capitais. O desenvolvimento deste processo proporcionou mais importância ao setor financeiro no clico de acumulação de capital ao gerar lucros cada vez mais substantivos, independente do setor produtivo, aumentando a discrepância entre o volume movimentado na esfera especulativa e o montante realmente existente - lastro real do capital. Deste modo, a lógica financeira se forjará como o padrão de acumulação capitalista no reordenamento das forças políticas e econômicas com a implementação do sistema neoliberal. Os fenômenos emergidos em fins da década de 1980 e início dos anos 1990 mantêm-se na forma de organização política, econômica e social que ainda vivemos. A hipótese que procuramos verificar é a de que o constructo desta nova base capitalista tem como ponto nodal o esgotamento do ciclo de acumulação e o rompimento com o Acordo de Bretton Woods que irá incidir sob a economia nacional, especialmente com a “crise do milagre”. Do mesmo modo, procuramos compreender o papel ativo que a política econômica da Ditadura Militar Brasileira assumiu no avanço do capital financeiro no país. O Estado brasileiro favoreceu abertamente a fração do setor financeiro com a implementação de políticas de orientação monetarista e antiinflacionária além, da própria reestruturação do sistema financeiro. Os resultados concretos dessa reestruturação foi uma maior centralização e a concentração bancária associada à maior internacionalização da economia brasileira tanto na presença de capital no país como, fonte de recursos para empréstimos. Entendemos, portanto, que o padrão de acumulação sob dominância financeira se forja nesse bojo a partir das medidas tomadas a nível nacional e internacional para enfrentar a crise do capital que instalou nos anos 1970. Esta e as demais consequências levarão o Brasil, por sua condição sine qua non, ao modelo neoliberal. Portanto, é essencial retomar estes fenômenos históricos, suas relações, determinações e particularidades para compreender seus substratos essenciais que atualmente se apresentam no campo político e econômico.
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