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A década dos megaeventos esportivos no Brasil: um breve balanço crítico da produção acadêmica brasileira acerca de seus legados
TÚLIO VELHO BARRETO.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O objetivo principal deste trabalho é apresentar um breve balanço crítico acerca da produção acadêmica nacional em torno dos megaeventos esportivos ocorridos no Brasil a partir dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e a Olimpíada e a Paralimpíadas do Rio, em 2016, sem deixar de fazer referência à produção de especialistas externos à academia e de jornalistas investigativos brasileiros e estrangeiros. Para tanto, o trabalho parte do levantamento bibliográfico acerca da temática, centrado, em especial, na produção de livros impressos e virtuais e em artigos publicados em periódicos acadêmicos e de difusão científica no Brasil. Debruça-se ainda sobre a produção apresentada em eventos regionais e nacionais, em que mesas redondas e grupos de trabalhos foram organizados em torno dos megaeventos esportivos e de seus diversos impactos e/ou “legados”. Busca-se apontar igualmente os temas mais abordados e as principais contribuições nacionais para um debate que é mundial. Assim sendo, na medida do possível, busca-se cotejar essa produção com o que de mais recente e relevante se produziu no período em outros países sobre o tema, em especial na América Latina. Ressalte-se que, entre essas duas datas, o Brasil foi sede dos principais megaeventos esportivos do mundo, incluindo os dois maiores deles: a Copa do Mundo de Futebol da Fifa (2014) e a Olimpíada do Rio de Janeiro (2016). Por sua magnitude, esses megaeventos mobilizaram enormes esforços e recursos públicos, em maior escala, e privados, em menor escala, que foram objeto de análise de acadêmicos, especialistas e jornalistas brasileiros, mas igualmente de não-brasileiros. O mesmo ocorreu em relação aos impactos sociais, culturais, políticos e econômicos causados pelas medidas adotadas pelos agentes públicos e, em certa medida, também pelos agentes privados para que tais megaeventos ocorressem. Dentre os aspectos analisados, talvez o debate em torno da existência ou não de um legado (ou de vários legados) tenha sido o mais recorrente. Sem esquecer que, considerando sua existência, o tipo de “legado”, resultado de tais megaeventos, em um país com as características e desigualdades sociais e econômicas, como no caso brasileiro, ganhou centralidade. Sobretudo a partir da evidente precariedade ou falta de serviços públicos básicos, que terminaram por gerar relevantes manifestações de rua às vésperas da Copa e da Olimpíada. A realização de megaeventos esportivos já despertou a atenção da academia e do jornalismo investigativo de vários países acerca, por exemplo, do(s) “legado(s)” (ou de sua inexistência) em distintos países, como África do Sul (Copa, 2010), Alemanha (Copa, 2006), Inglaterra (Londres, Olimpíada, 2012) e Canadá (Vancouver, Jogos de Inverno, 2010; e Toronto, Jogos Pan-americanos, 2010). Chegou a hora de se fazer o balanço crítico da produção brasileira a respeito do tema.
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