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Questão ambiental no capitalismo contemporâneo: relação entre natureza e ordem do capital em crise
Silvana Crisostomo Da Silva y Maria Das Graças E Silva.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Nas últimas décadas, algo em comum chama a atenção da população mundial: as notícias de desastres socioambientais, como enchentes, furacões, tsunamis; as mudanças climáticas, com o aquecimento global, que alterna drasticamente as temperaturas nos mais variados cantos do globo terrestre; o desgaste do solo pelo desmatamento tanto para a finalidade da agricultura e pecuária como pela extração de madeira para venda; a contaminação da terra e dos lençóis freáticos pelo lançamento de efluentes e despejo inadequado de resíduos sólidos, etc.. A partir do método de análise marxiano podemos analisar que esse cenário de destrutividade ambiental tem no seu cerne a apropriação privada da natureza. Uma minoria, que se apropria do trabalho alheio, é a mesma que privatiza os recursos naturais, os extrai e os tornam mercadorias. Nesse complexo processo, é a sociabilidade fundamentada em lucros e exploração da natureza que determina o surgimento da questão ambiental. Diante disso, este estudo teve por intuito analisar as determinações históricas e contemporâneas da destrutividade ambiental. Para isso, nos subsidiamos em pesquisa bibliográfica. Na sociabilidade capitalista, ocorre a ruptura do metabolismo entre homem e natureza, tendo em vista a apropriação privada da natureza e do trabalho e sua conversão em mercadorias. Neste processo, o homem deixa de se reconhecer no trabalho e como parte constituinte da natureza, consolidando a alienação para consigo, seu trabalho e o ambiente físico-natural. Dessa forma, a natureza perde o sentido fundamental da realização do ser social – do seu valor de uso, pois também é transformada em mercadoria, comercializada e degradada em prol da obtenção de lucro. Esta é esvaziada do sentido de satisfação das necessidades coletivas, sendo transformada em negócio, fonte de lucratividade e acumulação de capital. Em plena crise sistêmica do capitalismo, a qual possui caráter universal, global, extenso e rastejante (MÉSZÁROS, 2010), pode-se destacar um conjunto de desdobramentos, como: 1) as metamorfoses do mundo do trabalho; 2) a refuncionalização do papel do Estado; 3) a financerização do capital. As crises são orientadas pela alta produção em detrimento das necessidades dos grupos sociais explorados e pelo desperdício de matéria prima e força de trabalho, ao serem descartados alimentos e vidas, quando estes não são rentáveis o suficiente para a classe dominante. Portanto, a falaciosa tentativa de estabelecer um equilíbrio entre a oferta e a demanda permeia a ordem do capital e se iguala à contraditória tentativa de compatibilizar expansão e destruição, pois esse sistema, ao mesmo tempo em que “desbrava” novos nichos de mercado (países periféricos), leva consigo suas pragas, quase que proféticas, de destrutividade e incontrolabilidade. Estas circundam a história desse modo de produção desde a sua emergência, alastrando-se, substancialmente, na etapa de financeirização do capital.
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