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O TRABALHO INFANTIL NA REGIÃO NORDESTE BRASILEIRA: UMA ANÁLISE A PARTIR CONCEPÇÃO DO CAPITALISMO DEPENDENTE, DESIGUAL E COMBINADO
Ademir Vilaronga Rios Junior.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
O presente ensaio tem com objetivo discutir sobre a realidade da Região Nordeste, no Brasil, e a presença histórica do Trabalho Infantil. Buscaremos ao longo do texto compreender a condição sócio-histórica e político-econômica dessa região para poder entendermos como o trabalho infantil fez parte dessa construção regional. O trabalho apresentado buscou, a partir de uma análise crítica, qualitativa, via exploração bibliográfica e análise de dados primários e secundários, compreender os elementos que perpassaram essa realidade. Na Região Nordeste novas relações são reproduzidas no arcaico e o arcaico nas novas, assim velhos e novos padrões não capitalistas acabam sendo estabelecidos em uma condição ainda mais dependente, desigual e combinado, frente ao capitalismo tardio nacional, que colocam essa região num lugar subalterno do desenvolvimento do país. A condição do Nordeste brasileiro na economia nacional contribui para a precarização da vida dos trabalhadores, que recebem o mais baixo valor pela sua força de trabalho entre as regiões. Esse fator implica na necessidade da participação dos membros da família para a manutenção das necessidades básicas; de tal forma que além de envolver o trabalho feminino, necessita também da força de trabalho de crianças e adolescentes. Essa reprodução subalterna da região coloca ainda mais vulnerável as crianças e os adolescentes, principalmente aquelas que têm a sua força de trabalho explorada, recebendo os mais baixos salários, trabalhando de forma mais intensa e mais precarizadas; tornando-se um empecilho para o seu enfrentamento. O trabalho infantil não é uma realidade apenas da região em estudo, mas é um fenômeno social que perpassa as contradições sociais vivenciadas na sua história; de tal forma que esteve presente em seu processo produtivo e reprodutivo. Esse fenômeno, que é anterior ao capitalismo, assume uma particularidade não apenas pontual, mas intrínseco ao processo de produção e reprodução da lógica burguesa de acumulação, enquanto necessária às mudanças em curso do capital. Realidade que coloca a infância nordestina em condições ainda mais vulneráveis a essa lógica de exploração. Por isso a necessidade da aproximação sobre essa realidade contemporânea, bem como a compreensão das suas determinações e suas implicações frente às mudanças sociais e econômicas nesse momento histórico, principalmente em tempos de crise do capital.
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