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Juventude, Trabalho e Educação
Roseane de Aguiar Lisboa Narciso.
XXXI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Asociación Latinoamericana de Sociología, Montevideo, 2017.
Resumen
Este trabalho evidencia a importância do trabalho e da escola na transição da adolescência para a idade adulta a partir da análise de resultados de pesquisa realizada com jovens participantes de um curso de qualificação baseado na Lei Brasileira nº 10.097/2000, conhecida no país como Lei da Aprendizagem. A investigação realizada teve como foco a percepção dos jovens sobre a influência do programa de aprendizagem que frequentam na sua inserção no mercado de trabalho. Sob os aspectos jurídico e normativo, a adolescência tem se mostrado tema bastante relevante e objeto específico de leis, normas e políticas públicas. Mas, dado o caráter heterogêneo da juventude e sua relação com um contexto de intensas transformações e instabilidades, ainda há muito o que se construir. Este artigo traz a percepção de jovens aprendizes sobre o lugar que o trabalho e a escola ocupam como forma de melhoria de suas condições de vida a partir de sua inserção no mercado de trabalho. Enquanto valor, os dados revelam o trabalho como forma de liberdade individual, enquanto uma demanda a se satisfazer. Enquanto necessidade, o trabalho se relaciona à preocupação com a escassez do trabalho e a dificuldade da primeira entrada no mercado de trabalho. Foi possível observar que os obstáculos à reprodução social do jovem residem na transição do sistema educacional para o mundo do trabalho sendo este um momento crucial para que o jovem afirme sua identidade e autonomia no contexto social. Tais questões foram apreciadas a partir de revisão bibliográfica em torno de dilemas relacionados ao universo juvenil e à transição escola-trabalho. Na pesquisa foi considerado o conceito de trabalho decente proposto pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as políticas públicas de emprego para jovens e a heterogeneidade da categoria juventude. Foi utilizada a metodologia qualitativa por meio de entrevistas com os aprendizes e com a equipe técnica do programa pesquisado. Os resultados evidenciaram uma juventude atrelada a situações socioculturais e econômicas temporárias e provisórias de identificação, a saber, a escola e o trabalho. Essas situações se relacionam ao cenário complexo e contraditório do novo tempo e atuam na construção da identidade social desses jovens.
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